quarta-feira, 25 de abril de 2018

Muito lindo de se ver, Homens de Bethesda, vosso empenho,  dedicação e amor à Obra de Deus. Vcs Trabalham como uma Equipe.  Ninguém reclama se trabalhou menos ou mais. Não existe disputa ou disse me disse. Queria que as pessoas vissem com seus próprios olhos a alegria com que servem. Queria que todos percebessem a harmonia de varões que se dão bem, que se ajudam,  é que fazem de uma reforma no Templo um grande motivo de alegria, felicidade e Profunda Comunhão.
Homens de Bethesda,  se por acaso alguém entrasse em nosso meio, numa dessas noites onde estamos tomados pelo pó e pintados pela tinta, perceberam logo que em nosso meio há um Rio...sim um Grande Rio de Amor, Paz e Misericórdia. Nessas noites de Reforma percebi que Juntos Fazemos jus ao nome Bethesda...Casa onde vc encontra Misericórdia.
Que Bom poder estar em meio e entre Vcs!! !!
Bom demais essas noite de Reforma ou poderia dizer...Noites de Culto de Profunda Comunhão.
Amo vcs.
Pastor.




terça-feira, 24 de abril de 2018

Homens unidos


A igreja  Batista Bethesda Bauru, está em um mutirão  de reforma, maravilhoso  ver o empenho  e a dedidedicação. 
Um povo unido só tem um resultado  a conquista. 











domingo, 22 de abril de 2018

Ministração pastor Geraldo Araújo



Todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus
Uma das primeiras passagens que eu li quando eu comecei a estudar a Bíblia foi Romanos 8:28. Lá se diz:
Romanos 8:28
“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus”
Duas coisas eu gostaria de apontar aqui:
i) Esta passagem é destinada a aqueles que amam a Deus. Se portanto você ama a Deus ela está endereçada a você também.
ii) de acordo com esta passagem todas as coisas, i.e., tudo que aconteceu, acontece ou acontecerá contribui juntamente para o bem daqueles que o amam. A frase “contribui juntamente” – implica o combinado – “juntamente” – contribuição de mais de uma parte. Se uma dessas partes se perder, este “contribui juntamente” estaria incompleto, já que algumas das partes que pertencem a este “juntamente” estariam faltando. Em outras palavras, tudo na vida de um homem que ama a Deus é necessário para o bem, uma vez que é o combinado, o “juntamente”, a contribuição de todos que proporciona o bem. Conforme nós lemos em Provérbios 12:21:
Provérbios 12:21
“Nenhum agravo sobreviverá ao justo”
Conforme a Companion Bible traduz: “Nada em vão acontecerá ao justo”. Nada na vida de um homem que ama a Deus é mal, fortuito ou em vão. Em contraste, tudo, mesmo aquelas coisas que nós não aceitamos com prazer, é uma parte da receita de Deus para o bem. Não é acidental que a Palavra diga: “E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições” (2 Timóteo 3:12) e "muitas são as aflições do justo"(Salmos 34:19) enquanto ao mesmo tempo diz que "nenhum agravo sobrevirá" a ele, assim implicando que mesmo as aflições não são agravos nem são em vão. Também, não é acidental que se diga:
Efésios 5:20
“Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.
E em I Thessalonicenses 5:18
“Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
Deus nos diz para agradecê-lo em tudo. Nós normalmente agradecemos a alguém por sua participação, em alguma coisa que se relacione a nós. Muitos de nós negam agradecer a Deus em tudo, pela simples razão de que nós não acreditamos que Deus tenha uma parte em tudo. Mas como Sua Palavra diz:
Lamentações 3:37-38
“Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?”
Mesmo o mal não pode ir além das fronteiras que o Senhor estabeleceu. Em Jó 1-2 nós vemos que ele não podia tentar Deus sem ter uma permissão, e ele não podia ir além desta permissão. Em Lucas 22:31 nós vemos que a fim de “cirandar [os discípulos] como trigo”, ele teve que pedir primeiro [em grego: "exaiteo", "obter por pedido1". Veja também NVI(Nova Versão Internacional), a Bíblia Interlinear, etc.] Em João nós vemos que ele não podia tocar Jesus porque “ainda não era chegada a sua hora” (João 7:30, 8:20). Em I Coríntios 10:13 nós vemos que nós “não seremos tentados acima do que podemos”, não porque o mal não queira isto, mas porque “Deus[que] é fiel não nos deixará". Em Mateus 4:1 nós vemos que foi “PELO ESPÍRITO” (i.e., Deus) que Jesus foi conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo. Quando Jó disse “receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal?” (Jó 2:10), a Escritura diz “Jó não pecou com os seus lábios”. Então ele disse: “O Senhor o deu, e o SENHOR o tomou: BENDITO SEJA O NOME DO SENHOR” (Jó 1:21) ele de novo falou a verdade: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:22). O que Jó disse foi certo e preciso. Se você ama a Deus e segue a Sua Palavra, mas pergunta por que você ainda está desempregado, ou por que você ainda está sozinho, ou por que você não está curado, ou por que tal coisa aconteceu, faça o que o justo Jó fez: glorifique o Senhor por isto. Porque “todas as coisas trabalham juntas para o bem daqueles que amam a Deus." O que você pode agora considerar como uma aflição, é necessário para o bem. De outro modo, certifique-se de que você não teria isso. Glorifique o Senhor e acredite Nele. Agradeça-lhe em todas as coisas. Você pode considerar algumas delas como “mal”, mas nós só podemos dizer isso: “Nenhum agravo sobreviverá ao justo” e você é justificado (Romanos 3:21-26).
Conforme Paulo disse em uma situação similar:
Il Coríntios 12:7-10
“E para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar. Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.”
Paulo se gloriou em suas fraquezas. As injúrias, as necessidades, as perseguições e as angústias eram para ele senão oportunidades através das quais ele via o poder do Senhor. O “espinho na carne” não veio dele próprio. Foi dado a ele, de forma que ele não se exaltasse. Certamente, esse espinho era doloroso e ele queria se livrar dele, embora isso o prevenisse contra a exaltação. Paulo poderia ter se perguntado pela terceira vez ao Senhor, por que as duas vezes anteriores sua oração não foi respondida. Nós podemos também não entender por que algumas de nossas orações foram respondidas imediatamente, enquanto outras não, ainda que nós dedicássemos muito coração e tempo a eles. Contudo, nós não somos solicitados a entender mas, em vez disso, a acreditar. Acreditar que desde que nós amamos a Deus, todas as coisas contribuem juntas para o bem. Conforme Ele diz:
Isaías 55:8-9
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”
Jeremias 29:11
“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.”
E Romanos 1:17
“Mas o justo viverá da fé”
O que nós necessitamos para viver é a fé. Nós necessitamos acreditar Nele e nos rendermos a Ele completamente. Não é importante se nosso desejo será realizado. O que é importante é que o desejo dele seja realizado, porque é maior do que o nosso.
1. “Todas as coisas contribuem juntas para o bem daqueles que amam a Deus”: Alguns exemplos
Nós agora veremos alguns exemplos em relação ao que nós acabamos de ler. Para começar, vamos até Filipenses 1:12-18. Lá nós lemos:
Filipenses 1:12-18
"E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho; de maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; e muitos dos irmãos do Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor. Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda”.
Paulo estava na prisão. Uns, pensando naturalmente, esperariam que seu tempo lá fosse improdutivo para o evangelho. Mas veja o que ele diz: “as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho” e “muitos dos irmãos do Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor”. Não somente as prisões de Paulo não eram um obstáculo ao evangelho, mas elas também contribuíam para seu maior proveito. Elas na verdade se tornaram o poder para uma proclamação mais destacada da Palavra de Deus pelo outro irmão. Pode parecer como algo negativo para o evangelho que Paulo estivesse na prisão, mas não foi. Em contraste, isso teve efeitos positivos uma vez que contribuiu para maior proveito. O mesmo efeito tinha também sua presença no mesmo local – i.e., na cadeia – mas em Cesareia de Filipe desta vez. Na verdade, em Atos 16:22-25 nós lemos:
Atos 16:22-25
“E a multidão se levantou unida contra eles, e os magistrados, rasgando-lhes as vestes, mandaram açoitá-los com varas. E, havendo-lhes dado muitos açoites, os lançaram na prisão, mandando ao carcereiro que os guardasse com segurança. O qual, tendo recebido tal ordem, os lançou no cárcere interior, e lhes segurou os pés no tronco. E, perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam."
Paulo e Silvas não estavam arguindo com Deus a situação deles, mas eles estavam orando e cantando hinos a ele. Por causa de sua sustentação, todos os prisioneiros ouviram a Palavra de Deus naquela noite, falada através dos hinos e orações. Eles alguma vez teriam ouvido isto, ninguém teria estado lá para falar com eles? Eu penso que não. Mas leiamos mais adiante:
Atos 16:26-34
“E de repente sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos. E, acordando o carcereiro, e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada, e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido. Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos. E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas. E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa. E lhe pregavam a palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa. E tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus. E, levando-os à sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.”
Todas estas coisas teriam acontecido se Paulo e Silas não tivessem sido presos? Nós veríamos o carcereiro e sua família no reino de Deus, se Paulo e Silas não tivessem estado lá? Eu penso que não. Nós ouvimos “prisão” e pensamos no “mal”, embora os pensamentos Dele não sejam os nossos pensamentos, mas incomensuravelmente maiores do que os nossos.
2. Conclusão
A partir do exposto acima, que em maneira alguma exaure o assunto2, nós podemos concluir que se nós amamos a Deus, o que quer que possa acontecer em nossas vidas, agradável ou desagradável, contribui juntamente para o bem. Muitos ficam desapontados e ofendidos quando é "chegada a angústia e a perseguição, por causa da palavra” (Mateus 1321). No entanto, mesmo as angústias e provações contribuem também para o bem, se nós amarmos a Deus.
Romanos 5:3
“E não somente isto, mas também nas tribulações; sabendo que a tribulação PRODUZ a paciência”
2 Coríntios 4:17
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente”.
Tiago1:2-4
“Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; sabendo que a prova da vossa fé OPERA a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma".
Hebreus 5:8
“Ainda que [falando de Cristo] era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu"
Os agravos estão “contribuindo para nós”. Eles trabalham a paciência. Eles trabalham a glória eterna. Eles trabalham a obediência. Nada na vida de um homem que ama a Deus é fortuito ou em vão. Em contraste, “Todas as coisas contribuem juntas para o bem daqueles que amam a Deus”.




domingo, 15 de abril de 2018

Como você quer ser lembrado?


1. Jeorão: O homem cuja morte ninguém lamentou.

Texto: 2 Crônicas 21:20

"Jeorão ... reinou oito anos em Jerusalém. Morreu sem deixar de si saudades"

Introdução: Hoje, eu quero falar sobre um homem cuja morte ninguém lamentou. Seu nome era rei Jeorão de Judá. Como pastor, eu atendi a vários funerais. Na maioria das vezes em funerais, familiares e amigos têm sentimentos de pesar sobre as coisas que eles puderam ou não fazer para a pessoa falecida. Com Jeorão, foi diferente! Segundo Crônicas 21:20 diz dele, "Quando morreu, ninguém sentiu falta dele" (NTLH). Que maneira horrível de ser lembrado! A NVI diz: "Morreu sem que ninguém o lamentasse"

O nome Jeorão significa "Jeová é exaltado". Então, o que levou um homem com um nome tão nobre ser identificado como um homem cuja morte ninguém lamentou?

A partir de 2 Crônicas 21, eu gostaria de compartilhar duas razões porque o rei Jeorão chegou a este fim trágico e falar da honra que ele perdeu.

1. Jeorão se rendeu ao mal (Pecado) (2 Crônicas 21:4-6; 10-11)
Segundo Crônicas 21:4 diz que, quando Jeorão estabeleceu-se como rei, ele "matou todos os seus irmãos à espada, como também alguns dos príncipes de Israel". Isso mostra o quanto ele abusou de seus poderes. Para evitar esse tipo de rivalidade familiar, seu pai, o rei Josafá, dividiu cuidadosamente a sua herança entre todos os irmãos, com Jeorão recebendo a melhor participação por ser nomeado rei (v. 3). No entanto, depois de consolidar seu poder, Jeorão planejou e executou os massacres (v. 4). Sua esposa, Atalia, seguiu seus passos maus, mais tarde, tentou acabar com a linhagem de Davi (2 Crônicas 22:10).

O versículo 6 nos diz que Jeorão, "era tão mal quanto o rei Acabe". É uma pena que ele seguiu os maus caminhos do seu sogro, Acabe, em vez dos caminhos mais piedosos de seu próprio pai, o rei Josafá. O verso 6 acrescenta, "Jeorão fez o que era mau aos olhos do Senhor". O versículo 10 nos mostra, contudo, que a pior decisão que Jeorão tomou foi que ele "porque ele deixara ao Senhor, Deus de seus pais", o que levou a idolatria grave em toda a nação (v. 11).

É incrível o que o poder do pecado pode fazer em um homem ou em uma mulher que se rende a ele, incluindo até mesmo um homem com uma herança divina como Jeorão. O horror do pecado pode ser visto nos padrões destrutivos de grande parte do comportamento humano no mundo de hoje. Como cristãos, devemos perceber que o pecado pode nos escravizar também, se não tivermos cuidado com as tentações que vêm contra nós. As consequências do pecado são sempre dolorosas como pode ser visto na vida do rei Jeorão e como pode ser visto na queda de muitos líderes cristãos.

Ser tentado para o pecado é uma coisa; ceder ao pecado é outra questão!

Hoje, você está preso de alguma forma através do pecado? Volte-se para Jesus com todo o seu coração hoje e deixe que Ele quebre qualquer escravidão que o maligno pode ter trazido em sua vida.
Se você está lendo isso e talvez nunca se comprometeu a Jesus e teve o poder do pecado quebrado em sua vida, você pode fazê-lo agora. Arrependa-se dos seus pecados, e convide Jesus em sua vida. Ele deu a si mesmo em uma cruz para trazer o perdão, a salvação pela graça de Deus, e o dom da vida eterna para você.

2. Jeorão rejeitou as advertências de Deus
Jeorão recebeu três advertências. Em primeiro lugar, os versículos 8-10 fala sobre Edom, uma nação anteriormente subjugada, revoltando-se contra Judá durante o reinado do rei Jeorão. Na batalha que se seguiu, Deus salvou Jeorão do que parecia seria morte certa depois que ele e seus comandantes e carros foram cercados pelo exército edomita. Isto possivelmente poderia ter sido um aviso dado por Deus para ele se arrepender e voltar para Deus.

Em segundo lugar, é mencionado no versículo 12 que Jeorão recebeu uma carta de Elias, um profeta. Esta carta o avisou das graves consequências de seus maus caminhos. Esta foi mais uma oportunidade para Jeorão se arrepender e voltar para o Senhor. No entanto, não vemos qualquer arrependimento no coração maligno de Jeorão.

Em terceiro lugar, Jeorão tinha rejeitado a advertência de Deus sobre o casamento com pessoas envolvidas em práticas idólatras (Deuteronômio 7:1-3). O rei Jeorão casou com a mulher errada, Atalia, que era de uma família notória, adoradores de ídolo! Ela passou a ser a filha do rei Acabe. Sem dúvida, Atalia tinha muito a ver com a desobediência de Jeorão, uma vez que os seus próprios maus caminhos são vistos no capítulo 22:10-12.

Então, Deus tem lhe advertido sobre alguma área de sua vida que precisa de correção de rumo, como muitas vezes somos advertidos pelo GPS em nossos veículos? Na verdade, esse sermão de hoje poderia muito bem ser a maneira de Deus falar profeticamente para a sua vida. Se assim for, talvez seja hora de fazer as mudanças necessárias para que a sua intimidade com o Senhor Jesus possa ser renovada.

3. Jeorão perdeu toda a sua honra
Porque ele abandonou e desobedeceu a Deus, assim como rejeitou as advertências de Deus, os seguintes desastres e juízos vieram sobre Jeorão, alguns dos quais foi profetizado por Elias, trazendo desonra total a sua vida.
· Ele foi derrotado na batalha pelos filisteus e as forças aliadas (vv. 16-17).
· Ele perdeu toda a sua família com exceção de um filho (v. 17). Sua esposa perversa Atalia sobreviveu também.
· Ele perdeu toda a sua riqueza (v 17).
· Ele foi golpeado com uma doença grave e terminal do intestino, o que causou humilhação (vv. 18-19).
· Depois de dois anos de sofrimento, ele morreu em grande dor e agonia (v. 19).
· Embora fosse um rei, o povo não queimou nenhum aroma em sua honra (v. 19).
· Ele não foi enterrado no cemitério real (v. 20).
· Finalmente, "Quando morreu, ninguém sentiu falta dele" (v. 20, NTLH); "Morreu sem que ninguém o lamentasse" (NVI).

Devemos ter cuidado e não permitir que nossas vidas sejam controladas por quaisquer desejos que eventualmente trará tal desonra para nós! Que não seja dito de nós, "Morreu sem deixar de si saudades".

Por outro lado, alguém que pode estar se sentindo como se tivesse perdido toda a honra devida a más situações: situações como o divórcio, fracasso, doença, abuso sexual ou físico, depressão, viuvez em uma idade jovem, não sendo capaz de ter um bebê, etc. Eu poderia continuar com a lista. Talvez você sente que Satanás lhe roubou o melhor de Deus. Deixe-me assegurar-lhe que o Senhor Jesus pode trazer grande honra e valor à sua vida, se você estiver disposto a abrir seu coração a Ele e confiar em suas promessas.

Há esperança para os indefesos, descanso para o cansado, amor para o coração partido.

Há graça e perdão, misericórdia e cura; Ele vai encontrá-lo onde quer que esteja; clame a Jesus.

A maior honra que Jesus pode dar-lhe é mostrado em João 1:12, que diz: "a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus". Sim, você pode se tornar um filho do Deus vivo!

Finalmente, uma coisa é certa. Quando você vive para Cristo, mesmo se você não está perdido na terra, um grande bem-vindo espera por você quando você chegar ao céu um dia!

2. DORCAS – Atos 9.36-43 – “Uma mulher amável e amada”

Tabita, no aramaico, e Dorcas, no grego, significam “gazela”. Os dois nomes indicam que esta mulher tinha trânsito em duas culturas. Sua ressurreição é uma das sete da Bíblia, incluindo a de Jesus. As outras foram efetuadas por Elias (1Rs 17.22), Eliseu (2Rs 4.35), Jesus (Mc 5.42, Lc 7.14, Jo 11.44) e Paulo (At 20.10). Dorcas é um modelo não apenas para mulheres, mas para todos os crentes em geral. Vejamos algumas marcas de sua vida.
1. PRIMEIRA MARCA – UMA MULHER AMOROSA
“Cheia de boas obras e esmolas que fazia” (v. 36, VR), ou “usava todo o seu tempo fazendo o bem e ajudando os pobres” (LH). Costurava “vestidos e túnicas” (v. 39). As palavras indicam as roupas de baixo e vestidos. Costureira de mão cheia e completa. Ela fazia o bem. Era conhecida por ajudar. Usava seu talento para ajudar os outros. O que fazemos para os outros com nossa vida? Nossos talentos servem a Deus ou só a nós?
2. SEGUNDA MARCA – UMA MULHER AMADA
Consequência. Quem é amoroso é amado. Sua morte causou comoção (v. 39). Pedro se deslocou de Lida para Jope. Quem ama é amado. Muitos pedem amor e reclamam que ninguém os ama. Amor é recíproco. Temos se damos. Ela deu. Teve. O nome indica beleza física. Bonita no caráter. Quem quer ser amado cultive a beleza do caráter, não só a física. Muitos malham em academia e fazem plásticas. Beleza do corpo. E do caráter?  É difícil amar uma pessoa feia por dentro. Amamos? Bonitos por dentro?
3. TERCEIRA MARCA – UMA MULHER CRISTÃ
A raiz de tudo: era uma cristã. Tinha visão correta da vida: amar ao Senhor e ser útil. É a única “discípula”, em todo o Novo Testamento. O título tinha o sentido de pessoa especial no evangelho. Teve reconhecimento da igreja. Foi útil na vida. Foi útil na morte (uniu as mulheres ao redor de si) e foi útil na ressuscitação: “muitos creram no Senhor” (v. 42). Isto é o melhor exemplo de um cristão dedicado: sua vida é útil em todos os sentidos. Temos vidas úteis?

 

segunda-feira, 9 de abril de 2018

24 horas de jejum e oração

Dormi na Praça
Como diz um refrão de uma música  secular sertaneja, eu dormi na Praça, literalmente, na verdade não dormi mas fiquei acordado na Praça.
Recebi de Deus uma direção de conhecer mais profundamente o povo é o bairro onde estou inserido como igreja e pastor. Com uma direção clara dada por Deus é até a roupa que deveria usar, cheguei a praça do Sta Edvirges que é na verdade um entroncamento ou uma intersecção de vários bairros na nossa rica periferia. Digo rica pois nunca tinha vivido, ou tinha sido tratado com tanto amor, gentileza e reconhecimento como fui pelos vizinhos ao entorno daquela localidade.
Cheguei as seis horas da manhã do domingo  e sai de lá as sete horas da manhã da segunda feira. Cheguei ressabiado e confesso com medo pois estaria em estado de vulnerabilidade e fragilidade. Coloquei uma manta no chão e ali depositei minha bíblia, agenda canetas para anotações dos versículos e sobre minhas impressões dessa experiência.
Levei também um livro sobre processos mentais na área de psicologia que ganhei de minha irmã biológica Mara, a qual eu sugiro como leitura por ser interessantíssimo.
Logo virei alvo da curiosidade dos vizinhos e comerciantes do local e sem mesmo me perguntarem meu nome ou igreja ganhei a alcunha de...o Homem de Deus da praça.
Convites de almoço, café, sorvete, pão ou mesmo pra usar o sanitário começou a chover e quando finalmente me perguntaram porquê eu estava fazendo aquilo, eu lhes disse que era por eles, seus olhos marejaram e muitos choraram de verdade.
Logo passei a ser cuidado por eles
Cadeiras apareceram, uns rapazes queriam fazer uma cabana pra ,e abrigar do sol e me lembrei doa história do Velho testamento onde uma mulher construiu um quarto na sua casa para receber o profeta com honra de profeta, coisa tão inusitada, uma honra que mesmo em nosso meio desconheço.
UMA senhora me obrigou a aceitar um cobertor indignada em eu não aceitar comer nada. Ela disse, fome vc passa mas no que depender de mim frio não, rsrs. Os convites não foram aceitos pois estava em consagração de jejum e mesmo de água. Suas residências foram abertas a mim para uso de sanitário ou descanso, agasalhos, toucas foram me oferecido. Gente não sei explicar aquilo. Eles não me conheciam mas era como se confiassem em mim há anos, coisa do céu, coisa de Deus. Proteção do Senhor pois obedeci sua voz.
Pessoas passavam de carro e paravam para me perguntar se eu precisava de alguma coisa,  pra dizer que estavam preocupados comigo no sol, sem água, gente que eu não sei nem o nome e talvez nunca mais veja
Um traficante recém convertido disse que foi levado lá por Deus pois um homem Santo iria lhe tirar dúvidas, coisas que só vi na leitura do livro de Atos dos Apóstolos. Aí eu entendi que eles vi eram porque foram e nos não estamos vivendo porque estamos ficando dentro e não indo pra fora, onde os milagres nos esperam e o milagre é esse povo lindo dessas praças de toda Bauru que apenas estão...Nos esperando.
Amados eu ainda estou aquecido pelo amor desse povo, desses que são esquecidos e estigmatizados pela igreja. A noite após o término do culto nosso povo da igreja foi para a onde eu estava e tiveram um encontro lindo com nosso povo da praça...foi lindo de ver. Algumas imagens estão na internet...vá lá ver.
Os abraços foram emocionantes, e eles vieram cultuar conosco e a igreja nunca teve tantos convidados como naquela noite que ficará pra sempre na memória e coração. Quando o povo da igreja foi embora os milagres ainda foram abundantes. Pessoas de várias idades e sexo foram a praça conversar, pedir Conselho, contar seus dramas suas histórias seus medos e angústias.  Muitos dos nossos presenciaram isso.
A partir das três da manhã recebi um irmão em busca de uma palavra de ajuda, e nesse horário fiquei chocado com o tanto de pessoas de várias faixas etárias que perambulavam pelas ruas como zumbis tomados pela drogas e mesmo nesse momento não precisei ter qualquer temor pois eles também foram atenciosos, gentis e amáveis para comigo.
Parecia que eles brotavam do chão, e vestidos de andrajos perambulavam sem destino certo, sem falar dos animais de rua que também me trouxe tristeza por ver o abandono.
Aí o dia clareou
Aí eu entendi muito melhor e mais forte o meu chamado
Que é para fora e não para dentro
Aí eu chorei pela igreja, chorar foi o que mais fiz nesse tempo.
Chorei por perdermos tanto tempo julgando em vez de ganharmos tempo amando.
Me comovi com as histórias de abandono e solidão
E UMA coisa aprendi
Eles estão apenas nos esperando
Agradeço a Deus por essa experiência na Praça pois lá reaprendi o que verdadeiramente é importante
Obrigado meu povo da praça,
Meus vizinhos esquecido por nós
Tanto amor
Tanta gentileza
Tanto cuidado comigo e principalmente tanto reconhecimento e honra do meu ministério
O Homem de Deus da praça
Fui pra cuidar e fui cuidado
Fui pra honrar e fui honrado fui para amar e fui amado
Fui pra levar uma mensagem e a recebi de vcs a maior delas
Não tenho preconceito par com o povo que Jesus tanto amou
Amou e viveu no meio deles...na PRAÇA
Em nenhum momento após chegar ali senti mais medo pois percebi que me guardando havia um grande exército ao meu redor,
Dos anjos do céu
E dos meus anjos da praça.
Me protegeram e cuidaram como se eu fosse um deles
E eu na verdade agora sou
Virei o Homem da Praça
E é na Praça que eu quero viver e realizar meu Ministério...com as pessoas, meus irmãos da Praça.
O dia que eu ACORDEI na Praça.
PR.GERALDO  ARAÚJO

terça-feira, 3 de abril de 2018

TADEL MULHERES DE FÉ

PRISCILA, UMA VALIOSA COLABORADORA NA PREGAÇÃO DO EVANGELHO

"O 'Coemeterium Priscilla', uma das mais antigas catacumbas de Roma, e a 'Titulus Priscilla', uma igreja no Aventino, em Roma, recordam às pessoas do século vinte uma mulher que viveu no início desta era, a quem Tertuliano chamou, 'a Santa Priscila, que pregou o Evangelho'." A Autora

Atos 18:1-4
Atos 18:18.20
Atos 18:24-26
Romanos 16:3-5
l Coríntios 16:19

Priscila. O fato de o nome dela ter sido preservado na história prova que foi uma mulher notável e distinta. O uso do seu nome antes do nome do marido é mais uma afirmação disso. Por mais respeitada e interessante que pudesse ter sido a sua vida em Roma, veio a terminar abruptamente em 50 A. D., quando o imperador Cláudio expulsou todos os judeus da cidade.
Priscila e Áquila deixaram Roma e regressaram à Ásia Menor donde eram naturais, fixando-se finalmente em Corinto.
Parecia que as suas vidas tinham atingido um ponto morto, mas o plano de Deus para eles revelaria em breve um excitante recomeço. Uma fascinante nova vida de serviço os aguardava.
Tinham deixado muito para trás – os bens, os amigos.
Mas constituíam um casal harmonioso e o seu matrimônio continuava intacto. Não precisavam da advertência que mais tarde Paulo dirigiu aos coríntios que levavam uma vida livre, quando escreveu: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" (2 Cor. 6:14) Este casal tinha-se tornado um, de um modo muito especial, enquanto andavam juntos na sua fé (Amós 3:3).
Tinham chegado a Corinto precisamente antes de Paulo. Ele tinha confiança neste casal e desejava investir a sua vida neles a fim de que o Evangelho pudesse ser mais espalhado.
Tanto Priscila como Áquila tinham aprendido um ofício. E mesmo os judeus ricos faziam com que os filhos aprendessem uma profissão. Um sábio provérbio que apoiava esta prática dizia assim: "Aquele que não cuida de ensinar uma profissão ao filho, ensina-o a ser ladrão''. E não tinha Jesus de Nazaré, o carpinteiro, provado de fato que o trabalho manual era digno?
Eles faziam tendas, e esta profissão revelou-se um elo entre eles e Paulo, pois este fazia também. Não só trabalharam juntos, mas viveram igualmente juntos. Paulo sabia bem que o melhor treino que podia dar provinha do fato de estarem em contato dia após dia. Como Jesus, ele escolheu cuidadosamente os seus futuros cooperadores (Mar. 3:14).
Trabalhavam numa pequena loja fora de casa, semelhante às que ainda hoje são comuns no Médio Oriente. Fartavam-se de conversar à medida que os dias decorriam e as peles de cabras e o couro se transformavam nos seus dedos em úteis coberturas de tendas. Diariamente, Paulo talhava a Palavra de Deus para as suas necessidades. E eles aprendiam a aplicá-la (Filip 4:9).
Priscila e o marido ouviam ansiosos os ensinos de Paulo. Estavam interessados na mensagem que Paulo pregava na sinagoga ao sábado. Oravam a seu favor. E quando atravessava problemas estavam ao seu lado, prontos a dar a vida por ele. Priscila e Áquila não estavam só muito unidos pela fé e pela mesma profissão, mas também no seu respeito e amizade por Paulo. Esta lealdade deve ter significado muito para este homem solitário, pois pouco antes da sua morte, enviou-lhes as suas saudações (2 Tim. 4:19).
Priscila, que observava os mínimos detalhes da vida de Paulo, estava tão impressionada com o que ele fazia, como com o que dizia. Surgiu nela um desejo de se tornar seguidora deste homem. Ele deixara bem claro como é que uma pessoa podia seguir a Cristo (1 Cor. 11:1).
Sendo judeus ortodoxos, conheciam bem os ensinos do Velho Testamento. Mas o novo conhecimento duma fé em Cristo e a obra constante do Espírito Santo no coração humano eram verdades que davam novas dimensões à vida.
Paulo deixou Corinto após dezoito meses, durante os quais se formou uma igreja.
Priscila e Áquila acompanharam-no a Éfeso. Embora os judeus crentes ali desejassem muito que ficasse, ele partiu pouco depois de haver chegado. Estava de novo em marcha – desta vez para Cesárea.
O fruto do tempo que Paulo passara com Priscila e Áquila tornava-se agora evidente. Ele já não era necessário em Éfeso, porque eles podiam ficar lá e substituí-lo devidamente. O trabalho da sua vida estava a ser continuado por intermédio deles.
Isto tornou-se muito claro quando Apolo, um talentoso pregador judeu, de Alexandria, chegou a Éfeso. Falou às pessoas a respeito de Jesus, com palavras brilhantes e convincentes. O que pregava era verdade, mas incompleto. Priscila e Áquila detectaram imediatamente onde é que estavam as falhas na sua mensagem. Verificaram que a sua pregação terminava na obra de João Baptista. Ele não conhecia a maravilhosa história do Evangelho – os resultados da morte e da ressurreição de Cristo. Parecia que nunca tinha ouvido falar no derramamento do Espírito Santo.
Não condescendendo, convidaram-no prudentemente para o seu lar onde, de modo muito pessoal, lhe explicaram todo o Evangelho. A Bíblia descreve isto em simples palavras, mas a parte e a personalidade de Priscila não podem ser escondidos.
Ela não se retraiu por ser mulher, mas falou com tal amor e tato, que o culto e dotado pregador aceitou avidamente as palavras do casal leigo. Era isto que impressionava em Priscila, ela mantinha sob controlo a sua forte personalidade, ao oferecer indiretamente a sua liderança.
Seria por isso que os homens com quem trabalhava a apreciavam? O que é que Apolo ouviu de Priscila e do marido? Exatamente o que Paulo lhes havia dito a eles. Provaram a Apolo, pelas Escrituras, que Jesus era o Messias prometido, o Cristo.
Priscila e Áquila tinham começado uma reação espiritual em cadeia semelhante àquela sobre a qual Paulo escreveu mais tarde a Timóteo, seu filho na fé, "E o que de mim entre muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fieis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros." (2 Tim. 2:2).
O que Paulo havia ensinado a Priscila – ou Prisca, como ele gostava de lhe chamar – e a Áquila, tinham-no eles, por sua vez, transmitido a Apolo. Também este começou a passá-lo a outros – às pessoas de Corinto! Assim, Priscila e Áquila multiplicavam-se. Principiaram a produzir fruto espiritual. Tocaram uma vida, e essa vida floresceu num discípulo (1 Cor. 16:12), em quem sabiam poder confiar para pregar o verdadeiro e completo Evangelho também aos outros. Desse modo, enquanto Paulo viajava para a Palestina antes de regressar à Ásia Menor, e enquanto Priscila e Áquila abriam o seu lar em Éfeso para edificarem a igreja, Apolo alimentava os cristãos em Corinto. A Palavra de Deus crescia rapidamente porque a semente dessa Palavra caía em terreno preparado. Este apoio pessoal aos novos crentes causava crescimento e nova vida.
Algum tempo depois, o casal já não era necessário em Éfeso. Uma igreja tinha sido estabelecida ali, a qual podia continuar o seu trabalho. Deus chamou-os de novo a Roma. Cláudio tinha morrido. Mais uma vez, o lar de Priscila e Áquila se tornou o lugar de encontro para os cristãos, agora em Roma.
Paulo chamava-lhes agora os seus cooperadores em Jesus Cristo. Os antigos discípulos haviam-se transformado em valiosos colaboradores. Eram recordados com gratidão em todas as igrejas, tanto por judeus como pelos não judeus. A sua permanência em Roma foi breve, provavelmente devido à horrível perseguição aos cristãos no tempo de Nero.
Mas ficaram o tempo suficiente para começarem outra igreja. Aonde quer que iam, vidas eram transformadas e renovadas à medida que as pessoas chegavam a crerem em Jesus Cristo.
Voltaram a Éfeso. A tradição diz que Priscila e Áquila morreram finalmente como mártires – decapitados! A Igreja Católica Romana comemora os seus nomes no dia 8 de Julho na história dos mártires.
Priscila foi uma mulher e uma esposa notável. Muito provavelmente excedia o marido, uma vez que a história e as inscrições mencionam o seu nome e não o dele. Ela recebeu um lugar proeminente na história por causa da sua amizade e colaboração a Paulo.
Seria ela mais famosa que o marido por ser mais inteligente, ter melhor educação ou caráter mais forte? Ou ter-se-ia ela tornado cristã antes dele? Teria sido ela a levá-lo a Cristo? A Bíblia não o diz.
Todavia, o seu casamento é fascinante. Estes cônjuges harmonizavam-se perfeitamente em todos os aspectos da vida – na fé, nos interesses sociais e espirituais, nas amizades, no lugar que a Palavra de Deus desempenhava nas suas vidas, tanto para o seu estudo pessoal como na pregação e na sua prontidão em se darem aos outros sem quaisquer restrições. O seu propósito na vida era darem-se totalmente a Deus.
A vida requereu muito de Priscila. Ela tinha de ter grande vitalidade para se adaptar constantemente a novas situações. Fez grandes e cansativas viagens. Arriscou a vida pela disseminação do Evangelho. Foi excepcional nesse período da história, pois trabalhava com os homens, ao mesmo nível, e todavia, conquistou o seu amor e respeito.
Não sucumbiu à tentação de se tornar uma figura dominadora dentro do casamento. Honrou a relação que Deus deseja ver entre Ele e a união dos cônjuges (1 Cor. 11:3).
Séculos após a sua morte, a vida dela ainda revela às mulheres de hoje os segredos de uma vida frutífera e de um casamento que se torna útil na proclamação do Evangelho.
A vida de Priscila mostra também possibilidades que de há muito vêm sendo negligenciadas a abertura do lar tanto para a evangelização como para a edificação da Igreja. Teria Paulo aprendido isto com Priscila e Áquila? Pois ele serviu-se exatamente desse meio no futuro, quando todas as outras portas se haviam fechado para ele (At. 28:30,31). Mesmo nos nossos dias Priscila inspira muitos a porem os seus lares ao dispor para a expansão  do Reino de Deus.
Muito mais importante do que o nome de Priscila na história é o fato de que através das gerações ela tem estimulado as pessoas a seguirem Cristo – de várias maneiras.

Priscila, uma valiosa colaboradora na pregação do Evangelho.
(Atos 18:1-4,18-20,24-26; Romanos 16:3-5; 1 Coríntios 16:19).

Perguntas:
1. Enumere todas as igrejas em que Priscila e o marido serviram. O que é que isto revela a respeito do seu caráter?
2. Compare a dedicação de Priscila ao Evangelho com Atos 28:30,31. Qual foi a oportunidade que se revelou única para o alargamento do Evangelho?
3. Estude o seu encontro com Apolo, à luz de 2 Timóteo 2:2 e enumere as suas conclusões.
4. Leia Atos 18:24-26, cuidadosamente. Que condições tinha satisfeito Priscila a fim de poder ser útil nessa situação?
5. Faça o resumo de todas as oportunidades que Priscila utilizou para ser um instrumento útil na pregação do Evangelho.
6. Em que sentido é que ela constitui um motivo de encorajamento e estímulo para si? O que vai fazer para seguir o seu exemplo? 

domingo, 1 de abril de 2018

PALAVRA SOBRE A RESSURREIÇÃO

AS SETE PALAVRAS DO SEPULCRO VAZIO



Na cruz, Jesus fala sete vezes. Sao falas solitárias, poderosas, amorosas, mas solitárias.
Depois que ressuscitou, deixando vazio o sepulcro, Jesus fala sete vezes no domingo e dos dias seguintes. Sao falas comunitárias. São diálogos, na verdade.  Sao igualmente amorosas e poderosas.
Estão nos Evangelhos para ajudar em nossa caminhada peregrina.
Vejamos as sete falas.
1
"Não tenham medo".
(Mateus 28.10)
A narrativa de Mateus das primeiras palavras de Jesus, após ter deixado sua própria sepultura, é belíssima em sua precisa síntese.
"As mulheres saíram depressa do sepulcro, amedrontadas e cheias de alegria, e foram correndo anunciá-lo aos discípulos de Jesus. De repente, Jesus as encontrou e disse: 
-- Salve!
Elas se aproximaram dele, abraçaram-lhe os pés e o adoraram.
Então Jesus lhes disse:
-- Não tenham medo. Vão dizer a meus irmãos que se dirijam para a Galiléia; lá eles me verão. (Mateus 28.8-10)
Ao entrarem no sepulcro, para perfumar o corpo sepultado de Jesus, as mulheres (sim, mulheres, parentes, amigas e seguidoras) são as primeiras a descobrir que o seu Raboni não está no lugar onde fora deixado 36 horas antes.
Jesus as vê atônitas e se aproxima delas. Bem perto, faz uma saudação, algo como "Tudo bem?".
Logo, elas o reconhecem e o abraçam, do peito aos pés, e ficando de joelhos diante dele, em reverência. Ele disse que ressuscitaria e ressuscitou. Se alguma delas tinha alguma dúvida, as palavras do Messias respondem a todas as perguntas.
Assim mesmo, estão com medo. Nunca tinham testemunhado uma ressurreição. A de Lázaro foi obra dele. Mas e a dele? 
Agora, não precisam ter receio de nada. A morte foi vencida. Por isto, diz Jesus a elas:
-- Não tenham medo.
"Não tenham medo" -- esta é a mensagem do túmulo vazio.
Porque Jesus ressuscitou, não precisamos ter medo.
Não precisamos ter medo da morte. Ela virá, mas a nossa ressurreição a vencerá.
Não precisamos ter medo de pessoas (ou forças organizadas) poderosas. Os fortes serão enfraquecidos, como no Cântico de Maria, então grávida de Jesus.
Não precisamos ter medo de nós mesmos. O medo nos apavora, mas a ressurreição de Jesus nos liberta dos nossos próprios medos, dos nossos desejos inconfessaveis, de nossa ansiedade diante dos riscos de viver.
"Não tenham medo" tem uma evidência a seu favor. É uma instrução ao trabalho, porque, com Jesus, a vida continua, mesmo que a morte leve uma pessoa querida. Jesus mostra como a vida deve ser vivida. A vida inclui a adoração, mas não se esgota nela. A vida inclui a oração, mas precisa prosseguir na ação. A adoração é a nossa comunhão com Deus, que a ação prolonga.
É por isto que Jesus diz:
-- Vão dizer a meus irmãos.
"Não tenha medo" é para apaziguar o coração. "Vão dizer a meus irmãos" é para adrenalizar o coração. A calma não é um antídoto à vida, mas uma preparação para ela, agora mais intensa.
Diante daquelas palavras, a que obedeceram cheias de entusiasmo, agora sabem aquelas mulheres que a vida não lhes acabara.
A morte não é o fim. Jesus ressuscitou.
Porque Jesus ressuscitou, podemos seguir em frente.
A morte nos paralisa, mas o túmulo vazio nos capacita a levar adiante nossas tarefas.
Precisamos sair depressa do sepulcro. Ali não era o lugar do corpo de Jesus. Ali não é o nosso lugar.
Precisamos correr para falar que Jesus ressuscitou. Aquelas mulheres, ao saberem que Jesus ressuscitara, não ficaram envergonhadas, não ficaram cismadas, não ficaram acuadas, não ficaram caladas, 
Precisamos adorar a Jesus, abraçando os seus pés. Fortalecidos em nossa fé, precisamos ir para a Galileia, onde as pessoas precisam saber que Jesus ressuscitou. Há muitas pessoas que ainda aguardam esta notícia.
2
"E eu estarei sempre com vocês".
(Mateus 28.20)
Depois da ressurreição, espalhada a notícia, os 11 discípulos foram um monte na Galileia, para ver a Jesus. Nem todos creram. A razão falou mais forte: "nenhum morto pode voltar à vida". A dúvida se instalou: "será ele mesmo?"
Ele estava um pouco distante, como dando um tempo para que as coisas se organizassem em suas cabeças, tamanha a novidade. Então, ele se aproxima e diz:
-- Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. (Mateus 28.18)
É como se dissesse:
-- Vocês conviveram comigo e viram as minhas limitações. Viram quando fiquei cansado. Viram quando fiquei triste. Viram quando fui humilhado. Viram quando fui morto. Eu fui como um de vocês, com todos potenciais e limites de um ser humano. Agora, porém, quero que saibam, começou um tempo novo. Não tenho mais limitações. Não estou mais sujeito a ninguém. Os poderosos da terra estão sob as minhas ordens. Todo o poder da terra e do céu está concentrado em minhas mãos agora. Vocês não precisam mesmo ter medo, de nada e de ninguém.
Então, ele se aproxima mais um pouco e diz:
-- Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. (Mateus 28.19-20a)
O Evangelho é tão profundo, tão novo, tão renovador, tão salvador que precisa ser levado, não como informação apenas; mas como informação nova para uma vida nova. 
O Evangelho é para gerar uma vida nova, que se faz a partir da aceitação da sua oferta de graça e continua com um compromisso. A vida realmente nova é para quem se torna aluno de Jesus, aprendendo a a viver como ele viveu. Este aluno se compromete quando se deixa batizar, como Jesus foi batizado. Este aluno (discípulo) submete sua vida ao poder de Jesus, para experimentar a alegria plena. Esse discípulo submete seus pensamentos ao pensamento de Jesus, para encontrar a liberdade plena.
O aluno de Jesus reproduz seus ensinos, na vida e nas palavras.
E antes que saíssem para fazer outros discípulos, Jesus olha para cada um, abraçando-os talvez, e diz:
-- E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos. (Mateus 28.20b)
A razão da morte vicária de Jesus é um mistério: Deus decidiu assim, para nos salvar.
A forma da ressurreição de Jesus é um mistério. Deus fez assim, e não sabemos, e não saberemos jamais, como Ele o fez.
A promessa da presença de Jesus permanentemente com os seus discípulos é um mistério, mas é uma realidade, como o são as realidades da morte e da ressurreição de Jesus.
Jesus está conosco. Jesus está conosco sobretudo quando estamos buscando fazer novos discípulos.
3
"Não devia o Cristo sofrer para entrar na sua glória?"
(Lucas 24.26)
Ressurreto, numa estrada que vinha de Jeruslaém, Jesus começa sua nova vida, com um corpo transformado (glorificado, poderíamos dizer). Eis que vê dois antigos seguidores seus no mesmo caminho. Discretamente, ele se aproxima.
Nota que conversam. Ouve o que conversam. O assunto é a morte... a sua morte. Jesus caminha com eles, esperando que o reconheçam. Ele entra na conversa. Os dois têm vivos os fatos da vida de Jesus, sobretudo os da semana anterior. Agora, estão confusos. Contam o que ouviram:
-- Nós esperávamos que era ele que ia trazer a redenção a Israel. E hoje é o terceiro dia desde que tudo isso aconteceu. Algumas das mulheres entre nós nos deram um susto hoje. Foram de manhã bem cedo ao sepulcro e não acharam o corpo dele. Voltaram e nos contaram ter tido uma visão de anjos, que disseram que ele está vivo. Alguns dos nossos companheiros foram ao sepulcro e encontraram tudo exatamente como as mulheres tinham dito, mas não o viram. (Lucas 24.21-24)
O que esperavam não aconteceu. Agora dizem que o Messias está vivo, mas os outros seguidores não o viram; só as mulheres. Eles estão confusos.
Então, Jesus volta a lhes ensinar, como fez durante três anos por aquelas estradas:
-- Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram! Não devia o Cristo sofrer estas coisas para entrar na sua glória? (Lucas 24.25-26)
Ainda assim não entenderam. Ainda não o viram como o Messias, mesmo tempo passado a noite com eles.
Entendemos nós?
Entendemos que o cristianismo tem suas raízes no judaísmo, mas é outra religião?
Entendemos que a morte vicária de Jesus foi um plano de Deus, a que tiveram acesso, pela fé, os profetas do Antigo Testamento, como Isaías, por exemplo?
Entendemos que o sofrimento de Jesus foi real, sendo maior por causa de sua inocência, que assumiu a nossa culpa?
Entendemos que a glória de Jesus incluía a cruz?
Entendemos que devemos viver a fé cristã numa perspectiva nova e renovadora? A religião cristã não é uma religião qualquer; é a religião revelada de modo completo por Jesus, em sua vida, morte e ressurreição!
Entendemos que devemos ler o Antigo Testamento à luz do Novo Testamento, este que ilumina aquele? O Antigo Testamento mostra Deus em ação, Deus que completa a obra da redenção, como narrada no Novo Testamento!
Entendemos que não precisamos mais sofrer, porque Jesus foi até o fim em seu sofrimento, que culminou em sua morte? Por causa da culpa desviada de nós para Jesus, podemos ter comunhão com o Pai, Pai de Jesus e nosso Pai!
Entendemos que a cruz é um capítulo da gloriosa vida de Jesus? A cruz soa sem sentido, mas, quando a vemos sem o corpo morto de Jesus, ela brilha de glória e esplendor!
Entendemos o que Jesus fez por nós ou somos como aqueles andarilhos em direção a Emaús, num sentido contrário a Jerusalém?
4
"Vejam as minhas mãos e os meus pés".
(Lucas 24.39)
Algum tempo depois de sua ressurreição, Jesus, corpo não limitado pelas leis da física, apresentou-se entre os discípulos, que conversavam, como faziam os seguidores de Emaús.
Chega e diz, como fez tantas outras vezes (João 20.19, 21 e 26).
-- Paz seja com vocês.
Todos ficaram apavorados, "pensando que estavam vendo um espírito". (Lucas 24.37)
Então, ele lhes acalma:
-- Por que vocês estão perturbados e por que se levantam dúvidas no coração de vocês? Vejam as minhas mãos e os meus pés. Sou eu mesmo! Toquem-me e vejam; um espírito não tem carne nem ossos, como vocês estão vendo que eu tenho.  (Lucas 24.38-39)
Para que não tivesse dúvida, pediu comida. Na cruz, pediu água e a recusou. Agora pede comida e come o peixe que tinham preparado.
Alimentado, recordou as palavras que lhes dissera nos anos anteriores, como já estava previsto no Antigo Testamento, em que se lê que o Cristo haveria de sofrer, morrer e ressuscitar, para que houve arrependimento e perdão para pessoas de todos os tempos e de todos os lugares, começando por onde estavam: em Jerusalém. Então, chama seus discípulos para mais perto, agora menos incrédulos e lhes faz um desafio:
-- Vocês são testemunhas destas coisas. (Tiago 24.48)
Podemos imaginar como bateram os corações daqueles seguidores. Seu Mestre não só ressuscitou, como diziam por aí, mas estava ali, face a face com eles. Eles viram que na cruz fizeram um buraco em suas mãos; e agora podiam ver esses buracos e, se quisessem, poderiam conferir com os próprios dedos. Na cruz, ouviram as marteladas e viram o sangue descendo até o chão. Quando carregaram seu corpo, viram as feridas, passando de um lado para o outro. Agora, aqueles pés estavam ali firmes, as feridas cicatrizando, podendo-se ver o outro lado.
A incredulidade de Jesus nos permite ter acesso à melhor descrição da natureza ressuscitada de Jesus. Os diálogos mostram também que não faz sentido nenhuma dúvida sobre a sua ressurreição.
Jesus continua a mostrar o seu amor para com as pessoas. Ele respeita as suas dúvidas. Para termos uma idéia do significado das suas ponderações silenciosas e claras, imagine que corra um boato sobre a sua morte. Você aparece e as pessoas duvidam, de modo que você tem que provar que está vivo.
Ficamos irritados com a atitude dos discípulos. Temos razão, mesmo nos perguntando se não faríamos o mesmo. Na verdade, devemos ser gratos àqueles discípulos, porque tudo o que sabemos sobre o novo corpo de Jesus nós o sabemos por causa deles. Obrigado, incrédulos discípulos por sua incredulidade. Por causa de vocês, a nossa fé fica mais clara. Graças a vocês, as dúvidas dos incrédulos são respondidas.
Agora, fixemo-nos na frase final de Jesus neste diálogo. Vocês são testemunhas. Vocês me viram crucificado. Vocês me viram ressuscitado. Ficarão calados ou sairão pelas montanhas contaram o que viram e o que eu fiz a vocês e com vocês?
A pergunta nos alcança, dois milênios decorridos, não semanas, como nesse caso. Somos testemunhas pela leitura dos Evangelhos. Somos testemunhas pelo que Deus tem feito em nossas vidas. 
Ficaremos calados sobre o significado da morte de Jesus? Ficaremos em silêncio sobre o sentido da ressurreição de Jesus?
5
"Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês". 
(João 20.17)
João registra com detalhes um dos diálogos mais extraordinários do Jesus ressurreto e seus discípulos. Foi uma conversa com uma mulher. Foi uma conversa com Maria. Foi uma conversa com Maria Madalena.
Logo na manhã do primeiro dia (domingo), Maria Madalena, uma das primeiras a chegar ao sepulcro e ver que estava vazio, "viu Jesus ali, em pé, mas não o reconheceu".
Eis o diálogo:
-- Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando?
-- Se o senhor o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o levarei. 
-- Maria!
-- Rabôni!
-- Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai. Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: "Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês". (João 20.14-17)
"Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês". -- Jesus tem consciência que sua vida é peregrina. Ele agora tem todo o poder do mundo, mas seu poder não o poder pelo poder, mas é um poder para um fim, para abençoar, para salvar. Nossa vida também é peregrina: também estamos indo nos encontrar com o Pai.
"Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês". -- Jesus tem consciência de quem era: Filho de Deus. Isto o fez diferente. Isto fez diferença na sua vida. De um modo distinto de Jesus, também somos filhos de Deus.
"Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês". -- Precisamos ter consciência de quem somos: filhos de Deus, filhos amados, não filhos rejeitados. Somos filhos queridos. Mesmo que soframos, nossa condição de amados pelo Pai continua inalterada. 
"Estou voltando para meu Pai e Pai de vocês, para meu Deus e Deus de vocês". -- Precisamos sempre nos lembrar do que podemos esperar de Deus. Pode ser que venha a sexta-feira, mas vem também o domingo. Pode ser que passemos pelo vale da sombra da morte, mas depois tomaremos o cálice da vida. Estas realidades fazem parte de nossa condição peregrina. Não temos qualquer razão para nos agarrarmos a esta vida como se fosse a única vida. Nossa vida é importante e sua importância está na sua condição peregrina. Estamos a caminho.
6
"Recebam o Espírito Santo".
(João 20.22b)
Algum tempo depois, Jesus se encontra de novo com seus seguidores.
Ele agora lhes dá uma tarefa. Ele fiz isto outras vezes (como em Mateus 28.19-20 e Marcos 16.15-16).
Aos lhes encontra-se, fala-lhes o seu divino "shalom" e lhe diz:
-- Assim como o Pai me enviou, eu os envio. 
Como poderiam fazer isto, se não passavam de seguidores ainda dominados pelo medo e corroídos pela dúvida?
Não deviam se preocupar, porque seriam capacitados.
Talvez lhes tenha dito:
-- Vocês se lembram do que lhes disse, há alguns dias? Não lhes falei para não ficaram perturbados, mas que cressem no Pai e também em mim? Não lhes prometi também que lhes mandaria outro Conselheiro, o Espírito Santo, para estar com vocês? Não lhes lembrei que o mundo não pode recebe-lo, mas vocês podem, porque o conhecem? Não lhes garanti também que eu preciso ir para que o Espírito Santo lhes venha? (João 14.1, 16 e 17; 16.7).
Agora, chegou a hora.
Fez silêncio e soprou sobre ele. E então, acrescentou:
-- Recebam o Espírito Santo. Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados; se não os perdoarem, não estarão perdoados. (João 20.22-23)
"Recebam o Espírito Santo". Vivam pelo Espírito Santo. Deixem que o Espírito Santo lhes diga o que fazer. Deixem que o Espírito Santo conforte vocês na hora da dificuldade. Deixem que o Espírito Santo capacite vocês para serem minhas testemunhas. Não vivam por vocês mesmos. Vivam pelo Espírito Santo. Deixem que o Espírito Santo lhes ajude a perdoar aqueles que ofenderem você. Meu exemplo foi claro: eu orei ao Pai para que perdoassem os que me matavam. Nenhum ser humano pode fazer isto. Eu pude. Vocês agora podem, porque o Espírito Santo está em vocês.
"Se perdoarem os pecados de alguém, estarão perdoados" -- Jesus já dissera isto, quando Pedro confessou que ele era o Filho do Deus vivo (Mateus 16.19). Agora, repete-o para todos os discípulos, o que sempre nos inclui.
É como se Jesus nos dissesse: eu vim e perdoei, com meu sacrifício na cruz, todos quantos quiseram receber o meu perdão, perdão que permite acesso ao meu Pai. Agora, estou indo e não estarei aqui para perdoar os pecados. No entanto, vocês devem continuar anunciando o perdão; quando anunciam meu perdão e as pessoas o recebem, elas são perdoadas. Vocês são meus portavozes (testemunhas). Falem do perdão. Falem que a comunhão com o Pai é possível. O Espírito Santo vai lhes capacitar para serem testemunhas.
É como se Jesus continuasse: Vocês mesmos perdoem uns aos outros. Perdoem unilateralmente. Perdoem os que não querem bem a vocês.
Talvez neste momento, algum discípulo tenha confessado a sua dificuldade, porque a natureza humana é contra o perdão. Então, Jesus pode ter dito:
-- Recebam o Espírito Santo.
Ele torna isto possível.
7
"Felizes os que não viram e creram"
(João 20.29)
Uma semana depois de tudo isto, houve outra reunião. Nas anteriores, o discípulo Tomé não estava presente. Numa em que esteve e Jesus não estava, os discípulos disseram que tinham se encontrado com Jesus; ele, no entanto, misturando incredulidade e vanglória, desafiou:
-- Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei. (João 20.25)
Agora, presentes os dois, Jesus se dirige ao discípulo com dificuldade para crer, com as seguintes palavras:
-- Coloque o seu dedo aqui; veja as minhas mãos. Estenda a mão e coloque-a no meu lado. Pare de duvidar e creia. (João 20.27)
Tome fez uma extraordinária declaração de poucas palavras extasiadas:
-- Deus meu e Senhor meu. (João 20.28)
As dúvidas se foram. Tome esperou aquele encontro com Jesus para crer em Jesus. 
Então, Jesus lhe ensina:
-- Porque me viu, você creu? Felizes ("bem-aventurados", como no sermão do Monte) os que não viram e creram. (João 20.29)
Quem são estes que não viram e creram?
São alguns contemporâneos de Jesus, que não viram pessoalmente a Jesus ressurreto, mas creram nos testemunhos dos que viram.
São os leitores do evangelho de João, postados na história algumas décadas depois da ressurreição de Jesus, que, tendo lido, creram, embora não tenham visto.
São os leitores dos evangelhos ao longo da história e que creram em Jesus como Salvador e Senhor.
Somos os que cremos. Felizes somos porque cremos. Quem crê em Jesus é feliz.
Então, eu me lembro daqueles que dizem: "Se Deus me aparecer pessoalmente, crerei nele".
Jesus já apareceu e os evangelhos estão cheios de Jesus. As dúvidas possíveis foram dos seus contemporâneos e ficaram respondidas.
Você tem alguma dúvida sobre o nascimento, a vida, a morte, a ressurreição de Jesus? Leia os evangelhos.
Leia os evangelhos, com a história de Jesus.
Leia os evangelhos, com as histórias que Jesus conta.
Leia os evangelhos, com os ensinos de Jesus.
Leia os evangelhos, com o sacrifício de Jesus.
Leia os evangelhos, com a ressurreição de Jesus.
Leia os evangelhos, com a promessa de que está vivo e voltará. Só então o destino da história será selado.
Leia os evangelhos, porque ali está selado o destino da sua história, nesta vida e a na próxima.
Leia e creia, como os discípulos creram.