terça-feira, 20 de setembro de 2016

CELEBRAÇÃO DAS CÉLULAS

Você tem razões para se alegrar!

"Em um tempo em que o mundo prega que para sermos felizes é necessário ter status, fama, sucesso, notoriedade, descobrimos que o fato de termos nosso destino mudado radicalmente nos garante alegria eterna!"
“É grande o meu prazer no Senhor! Regozija-se a minha alma em meu Deus! Pois ele me vestiu com as vestes da salvação e sobre mim pôs o manto da justiça, qual noivo que adorna a cabeça como um sacerdote, qual noiva que se enfeita com joias.” - 
Isaías 61:10
“Pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram.” – Gálatas 3:27
Já há algum tempo decidi crer que uma das marcas distintivas de um cristão deve ser a alegria. Durante muito tempo a religião tentou descrever aqueles que pertencem a Cristo como sérios e legalistas. Até mesmo as representações de Jesus nos filmes costumam ser de uma pessoa melancólica e que nunca sorria. Entretanto, o fruto do Espírito é alegria (Gálatas 5:22). Se temos o Espírito, é de se esperar que sejamos alegres.  Eu não tenho dúvidas de que Jesus ria, e era a pessoa mais agradável com quem alguém pudesse estar; afinal, quem gosta de estar com uma pessoa carrancuda? Os evangelhos também relatam que as crianças eram atraídas por Jesus, e essa também é uma prova de que Ele certamente era uma pessoa alegre. Pessoas sérias e bravas costumam afastar as crianças. Mas, quais as razões que temos para vivermos alegres?
No verso de Isaías, citado acima, o profeta faz uma metáfora, utilizando peças de vestuário e adornos para descrever uma realidade espiritual. Para nós, que pertencemos à Nova Aliança selada pelo sacrifício da Cruz, isso se reveste de um sentido espiritual profundo (Gálatas 3:22): estamos revestidos de Cristo! Assim, se a alegria sempre foi uma marca do Mestre, o mesmo deve ocorrer com Seus discípulos. Isaías começa falando sobre a primeira razão por que sua alma se alegra em Deus: ele foi vestido com as vestes da salvação. Entendo que esse é o maior motivo de nossa alegria. Em um tempo em que o mundo prega que para sermos felizes é necessário ter status, fama, sucesso, notoriedade, descobrimos que o fato de termos nosso destino mudado radicalmente nos garante alegria eterna! Esta existência terrena é quase nada comparada à Eternidade. Aquelas coisas que mencionei como fatores que o mundo coloca como condições para a alegria, passarão um dia – todas elas. E o que permanecerá? Podem tirar-nos tudo, mas a realidade da salvação em Cristo selou-nos para sempre, a nós que perseveramos.
Há um desdobramento disso, que está intimamente relacionado à salvação. Isaías fala sobre o manto de justiça. Essa palavra (justiça) no contexto bíblico tem um sentido diferente daquele que costumamos entender. Corresponde ao fato de alguém ser declarado justificado de seus erros. Sabemos que isso aconteceu, de uma vez por todas, quando Jesus deu a Sua vida por nós. Por causa da pecaminosidade inata do ser humano, e de nossos próprios atos de pecado, vivíamos sob o peso da culpa e da condenação. Agora, em Cristo, somos livres de todo esse fardo. Ah!... se entendêssemos o sentido mais profundo disso... creio que muitos bloqueios emocionais, neuroses, enfermidades, seriam banidos de nossas vidas. Do ponto de vista humanista, as pessoas são ensinadas a ignorar, negar, ou conviver com a culpa. Nós temos uma verdade superior: a culpa – que é uma realidade da qual ninguém pode fugir por esforço algum – é totalmente removida! Essa não é uma razão maravilhosa para mantermos a alegria sempre?
Outra razão fundamental para podermos nos alegrar está no fato de que, espiritualmente, trazemos sobre nossas cabeças o turbante sacerdotal. O que será isso? Quando o texto foi escrito, somente os sacerdotes podiam ministrar diretamente ao Senhor e, ainda assim, tendo que observar um sem-número de cuidados e critérios. Agora, desfrutando da salvação, usando o manto da justiça provido pela graça, podemos entrar na Presença, e desfrutar da comunhão com Deus! O caminho foi aberto pelo sangue de Jesus, e com ousadia (sem medo), entramos em Sua presença, somos acolhidos como filhos, somos renovados, e fazemos aquilo para que fomos criados: adoramos o Rei!
Finalmente, Isaías fala sobre os adornos de uma noiva. Entendo que aqui está uma metáfora para a beleza. Obviamente, não se trata de um critério de beleza exterior (que é algo muito subjetivo), mas da beleza que todo cristão deve exibir: santidade, serviço, entrega, caráter, compaixão... e tantas outras virtudes-adornos que devemos trazer, sobretudo o amor. Os de fora devem sempre identificar isso em nós. O texto de Gálatas fala que fomos revestidos de Cristo, e as pessoas devem realmente ver Cristo em nós – isso é a esperança da glória. O povo de Deus tem que ser um povo lindo!
Quando paramos para refletir sobre isso, somos levados a levantar os nossos olhos para essas realidades superiores, e aquilo que tende a roubar nossa alegria (dificuldades, decepções, frustrações, perdas) começa a perder sua força, dando espaço para que uma vez mais sejamos renovados na alegria da Salvação. Meu desejo é que nesta semana, de maneira muito especial, a alegria seja uma evidência da presença de Cristo em você.


VALOR DA HONRA






terça-feira, 6 de setembro de 2016

Elias, um líder deprimido


Introdução

Elias se assentou debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte e disse. Basta” – “Não aguento mais!”. “E eis que lhe veio a palavra do Senhor e lhe disse. Que fazes aqui, Elias?” (1Rs 19.4,9)
Você já ficou desanimado? Pior ainda, você já passou por períodos de depressão? Como é bom saber que você está em boa companhia! Elias, também teve seus momentos quando “ficou na fossa” – tão deprimido, que teve tendências de “jogar a toalha” – “Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma”. Se você é semelhante a Elias, então esta lição é para você!
O Reino do Norte – Israel – estava numa situação triste. Acabe era um rei mole, fraco espiritualmente, e dominado pela sua esposa, Jezabel, que havia introduzido o culto ao falso deus Baal.
Elias tinha um ministério de juízo. Sua fé havia sido testada no monte Carmelo, de onde ele saiu vitorioso. Ele era um gigante em oração. Mas a rainha Jezabel estava ameaçando a sua vida e mandou-lhe um aviso de morte. Elias ficou desesperado e fugiu de Israel, atravessou Judá e, desanimado, foi para Berseba, onde caiu numa grande depressão.
Quem poderia imaginar esta cena? Justamente depois da grande vitória que Elias conseguiu no monte Carmelo sobre os profetas de Baal (que estudamos na última lição) e o Nome do Senhor foi vindicado, e o fogo caiu do céu! Elias pediu chuva, e voltou a chover.

I. Quatro fatores da depressão

  1. Elias sentiu-se fracassado “Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais” (1Rs 19.4). Apesar da vitória contra os falsos profetas, apesar da exclamação do povo – “O Senhor é Deus! O Senhor é Deus” (1Rs 18.39) – Acabe e Jezabel continuaram como antes – não houve nenhuma mudança de coração. Elias sentiu um grande fracasso.
  2. Elias sentiu solidão “Eu fiquei só” (1Rs 19.10,14). Duas vezes ouvimos Elias expressando a sua solidão. Quantas vezes na obra do Senhor a gente se sente sozinho! Ninguém está nos apoiando. É exatamente nesse momento que Satanás nos derruba. Paulo teve a mesma experiência no fim da sua vida. “Na minha primeira defesa, ninguém foi a meu favor; antes, todos me abandonaram” (2Tm 4.16). E essa foi a experiência do próprio Senhor Jesus no Jardim de Getsêmani, como Isaías profetizara. “O lagar, eu o pisei sozinho, e dos povos nenhum homem se achava comigo” (Is 63.3) – nem os próprios discípulos, Pedro, João e Tiago.
  3. Elias sentiu cansaço (1Rs 18.46) Elias enfrentou luta, exaustão, tensão no monte Carmelo; depois, no fim do dia, correu 25 km adiante Acabe (1Rs 18.46). Podemos imaginar como ele chegou completamente exausto! Muitas vezes, apesar de ter experimentado vitória em nosso serviço para o Senhor, quando estamos exausto fisicamente Satanás aproveita para nos derrubar.
  4. Elias enfrentou perigo físico (1Rs 19.2) “e procuram tirar-me a vida” (1Rs 19.14). Jezabel ameaçou matá-lo. Mas eu não acredito que ela faria isso – ela não daria um dia de aviso – teria mandado soldados na hora para prendê-lo, em vez de enviar um mensageiro. Ela não teria coragem porque o povo agora estava ao lado dele. Entretanto era uma situação difícil para Elias.
Mas é bom recordar uma declaração do grande pioneiro missionário para a Índia no século 19, Henry Martyn. “Enquanto Deus tem uma obra para eu fazer, não posso morrer”. Dificuldades vão nos cercar – muitas vezes vamos nos achar como Elias – “debaixo de um zimbro”, mas Deus está no controle.

 II. Como Deus tratou de Elias

Deus não o abandonou. Veja como o Senhor tratou com Elias, com tanto amor e compreensão. “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó” (Sl 103.13-14).
Uma boa refeição (v.6) 2. Uma boa noite de sono (v.6) 3. Mais uma boa refeição (v.7 e 8) 4. Volta para o lugar de revelação (v.8-15)
Elias superou seu estado depressivo, porque Deus o mandou para o lugar de revelação no monte Horebe – “o monte de Deus” (v.8). A revelação esta vez não foi do tipo normal do seu ministério (terremoto e fogo), mas “num cicio tranquilo e suave”. Apesar de tudo, Deus não o abandonou. Ainda há muito serviço para fazer para o Senhor.

III. Resultados na vida de Elias

  1. Sua visão foi restaurada (v.13) Se queremos continuar corajosos não podemos ficar pensando nos perigos que nos amedronta.
  2. Sua vocação foi renovada (v.15).Há pessoas que choram por saber que as rosas tem espinhos, há outras que sorriem por saber que os espinhos tem rosas. "Machado de Assis"
  3. Ele voltou para o serviço em Israel (v.15-18). Quem quer correr rosas deve suportar a dor do espinhos.
“Vai, volta ao teu caminho” – para a esfera do seu serviço. Nossa peregrinação espiritual não nos leva para o monte Horebe, mas para um outro monte, o Calvário – onde a revelação suprema de Deus foi dada. Esse é o lugar onde podemos compartilhar com Cristo a Sua morte. Nosso problema maior é o nosso relacionamento com Cristo.
  1. Seu novo colega (v.16,19-21) Agora a tarefa é mais fácil – antes Elias tinha um servo, agora tem um colega, na pessoa de Eliseu.
  2. Sua nova confiança no Senhor (v.18) Elias descobriu que não estava sozinho – o Senhor deu-lhe uma palavra de conforto. “Conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal”.

Conclusão

“Vai, volta ao teu caminho” – ainda há muito serviço para fazer para o Senhor. Apesar das dificuldades, lutas, desânimo e, às vezes, desespero, vamos voltar, restaurados e com uma nova visão daquilo que o Senhor quer fazer por meio de nós.

domingo, 4 de setembro de 2016

Palavra ministrada pr. Geraldo Araújo

Seguir a Cristo: Um Convite para a Morte do Ego!

Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á. Mateus 16:25

Eis o grande paradoxo do Reino de Deus. Quem "perde" na ótica secular está ganhando na ótica de Jesus.

O apóstolo Paulo resumindo o ensino de Jesus aos anciãos de Éfeso disse: "Lembrem-se das palavras de Jesus: Há mais felicidade em dar do que em receber". (Atos 20:35)

A libertação que Cristo proporciona nas nossas vidas é antes de tudo, uma libertação de nós mesmos, já que havíamos nos rebelado contra o Senhor e vivíamos pra satisfazer nossos próprios desejos egoístas.

Por isso quando nos achegamos a Cristo, a proposta é morrer para o velho homem e viver para Deus. Paulo disse aos Gálatas: "Fui crucificado com Cristo, já não sou eu quem vivo, mas Cristo vive em mim".

Esse processo de santificação tem como propósito divino tirar o inferno de dentro de nossas vidas e nos ensinar a viver como Jesus viveu.

Como Jesus viveu?

Eis a pergunta crucial para vivermos uma espiritualidade sadia. Espiritualidade que a Igreja Evangélica Brasileira resiste em viver. Pois essa espiritualidade tem um preço alto, que é o preço da abnegação.

Os cristãos de hoje parecem se esquecer da exortação de Paulo aos Filipenses: "Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus"Sentimento de renúncia, pois ele abriu mão de suas prerrogativas divinas e veio como homem, identificando-se conosco, com nossas dores e sofrimentos e como homem optou em não viver na lógica do mundo, antes decidiu servir e dar sua vida em resgate por muitos.


Os discípulos devem ver Jesus como a revelação completa de Deus. Devem ver seu ministério terreno como o grande protótipo da missão da Igreja.

"Vós conheceis o que aconteceu por toda Judeia, tendo começado desde a Galileia, depois do batismo que João pregou, como Deus ungiu com o Espírito Santo e com poder a Jesus de Nazaré, e como ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com ele."(Atos 10:37-38)

"Quem afirma estar nele, deve andar como ele andou." (1 João 2:6)

Só andando como ele andou transformaremos a sociedade em que estamos inseridos.

"Como o Pai me enviou, eu também vos envio". (João 20:21b)