domingo, 17 de setembro de 2017

PARÁBOLA DO SEMEADOR

Alguns princípios importantes para se interpretar corretamente uma parábola:
1-Ela deve ser estuda a luz de seu contexto – É o contexto que deve estabelecer o caminho e os limites da interpretação e da aplicação;
2-Cada parábola tem um objetivo e uma ideia central – As aplicações devem ser retiradas a partir dessa ideia principal;
3-Não podemos fazer doutrinas nem tirar princípios dogmáticos de parábolas, nem levar em consideração detalhes e pormenores;
4-A interpretação das parábolas precisam ser objetivas e não subjetivas (democráticas);

PARABOLA DO SEMEADOR (Mt 13:1-9) a Explicação (Mt 13:18-23) –
 Trata-se de uma parábola cuja interpretação já foi dada por Jesus não nos cabendo o direito de ir além do que foi dito, se não o privilégio de aprender a partir do que foi dito.
Esta é uma parábola chave. Segundo Jesus ela é o fundamento para entender todas as demais parábolas (Mc 4:13). Assim, entender bem esta parábola nos dará base para a compreensão das demais.
Aqui fala do relacionamento entre a palavra de Deus, seus ouvintes e o resultado deste encontro. Aqui vai ficar claro que o segredo da fertilidade (capacidade de produzir) esta na relação entre a palavra (semente) e o tipo de solo (coração) em que ela cai. Logo, a infertilidade não é justificada pela falta de qualidade da semente (palavra), mas do solo(o coração) que a recebe.
Assim, é possível ouvir a palavra e continuar infrutífero. Isto acontece quando nosso coração se equipara aos primeiros 03 tipos de Solo:

1-“Pé do caminho”(4;19)– É aquele em que a semente encontra um terreno duro, e não cria raízes, pois o solo não pode ser penetrado pela semente. Vem os pássaros e devoram. São corações insensíveis a palavra. São aqueles que não se deixam penetrar pela mensagem das verdades de Deus. O diabo facilmente leva o conteúdo de varias maneiras;

2-“Pedregais” (5,6;20)  É aquela em que a semente chega a germinar, mas não cria raízes profundas. São as pessoas que recebem a palavra, mas não tem perseverança. Não se comprometem com o que creem. São os amigos do evangelho, que nunca se batizam, nunca assumem compromissos mais sérios com Deus. Na primeira tribulação abandonam a fé;

3-“Espinheiro” (7;22) São os de coração dividido. São sufocados pelas riquezas. São os que Servem a Deus e ao mundo. Lucas 16:13 “ninguém pode servir a dois senhores...”
Querem o melhor dos dois mundos. Querem Jesus, mas não abrem mão do mundo e de suas ofertas. Esses não permanecem nem frutificam. Deus exige exclusividade, integridade, inteireza de coração. Ou o coração é dele ou ele esta do lado de fora batendo!

4-“Boa Terra”  (8,9;23); São os que ouvem, acolhem e praticam a palavra. São os que rendem o coração inteiramente a ele. São os que assumem compromisso com Deus e sua palavra. Estes são os que têm vida e produzem 40,60,100 por um

Aplicações Práticas

1-A mensagem deve ser pregada a todos – Nós não conhecemos os corações, assim precisamos pregar a todos. Como o semeador que lança a semente em todos os lugares;

2-Poucos são os que se comprometem de verdade com o Evangelho – 75% da semente se perdeu. É por isto que o próprio Jesus ensinou que estreita é a porta e apertado o caminho que conduz a vida e poucos são os que a encontram (Mt 7:13-14)

3-Não basta apenas começarmos bem, precisamos terminar bem: Duas das sementes até chegaram a germinar, receberam a Palavra com alegria, mas não permaneceram, não resistiram as tempestades e as seduções do mundo; Há muitos que começaram a trilhar o caminho de Jesus e não chegarão até o fim porque se perderam no caminho, não vigiaram, não se cuidaram;

4-Mesmo sendo boa terra, a produtividade não será igual – Mesmo recebendo a Palavra e permanecendo firmes, poderemos frutificar mais ou menos  depende de nossa dedicação. Que possamos ser daqueles que correspondem com Deus a ponto de permitir que Deus o use no máximo de sua capacidade de produzir. I cor 15:58