sábado, 17 de dezembro de 2016

UNÇÃO



INTRODUÇÃO: 
O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado.
Isaías 61:1-3


O Senhor DEUS me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer a seu tempo uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça, como aqueles que aprendem.
Isaías 50:4


 O meu coração ferve com palavras boas, falo do que tenho feito no tocante ao Rei. A minha língua é a pena de um destro escritor.
Sl.45:1
Usar óleo para untar o corpo era algo comum na Bíblia. Os hóspedes eram ungidos quando recebidos em uma casa. Certa vez uma mulher ungiu os pés de Jesus (Lucas 7.38) e Ele chamou a atenção do anfitrião por não ter lhe ungido a cabeça (Lucas 7.46). Também era costume da época preparar os corpos das pessoas que morriam com óleos aromáticos para conservar mais tempo (Mc 14.8;Lucas 23.56). O óleo era usado sobre a pele para proteger do calor para não ressecar e espantar moscas. Esta unção natural servia para refrescar e revestir a pessoa. Daí vem o sentido Bíblico da unção como revestimento e proteção. 

No Novo Testamento, a palavra unção (do grego: chrisma) só ocorre três vezes (Ver 1 João 2.20,27). O verbo ungir (chrío) aparece cinco vezes (Lucas 4.18; Atos. 4.27; 20.38; 2 Coríntios 1.21; Hebreus 1.9). Já o adjetivo christós (Cristo ou ungido) ocorre mais de 500 vezes, em diversas referências, como em Mateus 1.1 e Apocalipse 22.21. Ou seja, a unção pertence a Cristo que é colocada sobre pessoas e não apenas sobre coisas ou mesmo o óleo somente.
A unção espiritual é um instrumento poderoso ensinado por Deus para ministrar bênçãos aos seus servos. A unção que deve ser feita com fé. Contudo não deve ser oferecida como uma coisa banal. 
A unção deve ter um propósito específico, como em Isaías 61.1-3 e Lucas 4.18,19 onde o profeta Isaías e o Senhor Jesus disseram que “O Senhor me ungiu PARA”:
pregar boas-novas aos quebrantados, [evangelizar]
-curar os quebrantados de coração, [ministrar cura]
-proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; [libertar]
-apregoar o ano aceitável do SENHOR; [ministrar esperança]
-a consolar todos os que choram; [consolar]
-pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; [trazer alegria]
Como ministrar a unção com óleo?
Vamos aprender o que a Bíblia ensina sobre a unção com óleo:

O que é a Unção?
Unção significa ‘ato ou efeito de ungir’.  Contudo, unção não é o óleo em si e sim a manifestação do poder de Deus através do Espírito Santo que nos unge. A unção espiritual é a capacitação dada por Deus a alguma pessoa para cumprir uma missão específica e especial, dentro de propósitos divinos. Unção é poder!

Quem é ungido?
A unção do Espírito Santo foi derramada sobre:
JESUS: Jesus foi ungido pelo Espírito Santo (Lucas 4.18). O próprio título de Jesus, chamado Cristo significa Ungido (Atos 10.38). Jesus foi ungido "com óleo de alegria" (Hebreus 1.9). 
OS APÓSTOLOS: Pedro era ungido de tal modo que as pessoas colocavam os doentes sob sua sombra para que fossem curados (Atos 5.15,16). As pessoas procuravam Paulo levando "lenços e aventais e as enfermidades fugiam deles" (Atos 19.11,12).
OS CRENTES FIÉIS: Servos do Senhor que buscam a unção espiritual, "mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu é Deus, o qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações" (2 Coríntios 1.21, 22).
Ungido é a pessoa que tem a unção do Espírito Santo em sua vida!
O que é unção com óleo?
É o ato de derramar óleo sobre alguém ou sobre algum objeto, com o sentido de torná-lo consagrado a Deus, ou de buscar a cura divina sobre o enfermo. Ungir quer dizer: "untar com óleo ou com ungüento"; "aplicar óleos consagrados" (Dic.).
Quem deve ser ungido?
A unção deve ser ministrada para cura, autoridade e dedicação do ministério:
A UNÇÃO DOS SACERDOTES: Os sacerdotes, após ungidos, eram considerados santos, devendo dedicar-se ao serviço do Senhor (Êxodo 30.30; 29.7; Levítico 8.12). Hoje, no Cristianismo, todos somos “sacerdócio real” (1 Pedro 2.9), porque temos a unção espiritual.
A UNÇÃO DOS REIS: O azeite era derramado sobre eles, na consagração para o cargo real, como servo de Deus. Alguns reis que foram ungidos: Saul (1 Samuel 10.1); Davi (1 Samuel 16.13; 2 Samuel 2.4; 11.7); Jeú (2 Reis 9.1,3); Salomão (1 Reis 1.39). Esta é uma unção de autoridade.
A UNÇÃO DOS PROFETAS: Elias ungiu Eliseu como sinal de que o mesmo Espírito que estava sobre sua vida se manifestaria sobre Eliseu como seu sucessor (1 Reis 19.16).
 A UNÇÃO DOS ENFERMOS: Os leprosos deveriam ser ungidos ministrando sobre suas vidas o perdão a cura (Levítico 14.13-18). Mas não é o azeite que cura, mas a fé no Nome de Jesus, da parte dos que oram e da parte do enfermo. 
A unção deve ser ministrada para cura de enfermos e para autoridade espiritual sempre que alguém é levantado para exercer um ministério.


Quem pode ungir?
A unção deve ser ministrada por pessoas separadas para este ministério:
DISCÍPULOS: Marcos 6.13
Os seguidores de Jesus praticavam a unção ordenada por ele para curar enfermos. Certamente, era algo muito comum, embora as curas operadas por Jesus não utilizassem o óleo como elemento auxiliar porque Jesus é a própria unção em pessoa. Para ungir é preciso primeiro ser um discípulo de Jesus!

PRESBÍTEROS: Tiago 5.14
Presbítero significa pastor ou supervisor. Algumas traduções dizem ‘ancião’ para designar o líder espiritual. Ou seja, uma pessoa responsável pelo rebanho. Este texto deixa bem claro que somente pessoas separadas para ungir podem ministrar a unção. 

No Antigo Testamento a unção era ministrada por sacerdotes ou profetas, mas no Novo Testamento manda que sejam os seguidores de Jesus responsáveis por esta tarefa. Na ausência dos ministros e presbíteros, em situações especiais, é admissível que diáconos, auxiliares, e obreiros em geral untem os enfermos desde que tenha autorização pastoral (Hebreus 13.7). 
Jesus ordenou que se ministrasse a cura e libertação sem cobrar nada de quem recebe porque “de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10.8). Então ninguém pode cobrar para ungir ou mesmo insinuar que a pessoa oferte em troca.

As três unções de Davi

  • A primeira unção tira você do anonimato.  (1 Sm.16:13)
“A primeira unção é para aqueles que são menosprezados. As pessoas não dão nada por você, você trabalha e ninguém vê… Vai cair unção de Deus sobre sua vida e a sua história vai mudar a partir desta pregação. Quem não te respeita pelo que você é, vai ter que te respeitar pelo que Deus vai te fazer ser!”.
Esta unção traz:
  • Coragem de quem confia no Senhor. “Eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos “ (17:45).  Eu sou ungido! "Que venha Golias.”
  • Palavra profética. “É a unção de profeta que nos faz declarar: Hoje mesmo...!(46) É aquela que te dá coragem para dizer o que vai acontecer. Davi olhou para o gigante e disse: ‘Hoje mesmo o Senhor Deus de Israel me entregará sua cabeça e todo Israel saberá que há um Deus no meio do arraial’. Deus te deu unção para profetizar. Diga: Golias vai cair!”
  • O fim das coisas emprestadas. “Davi recusou a armadura emprestada de Saul.  Não conseguiu usá-la. Ele recebeu a unção da coragem e não precisava daquela armadura. Nunca mais você vai tomar emprestado. Vai sair do jugo das coisas emprestadas: cartão de crédito, cheque especial, dinheiro de agiota…”
Qual é o gigante que está te afrontado? É o diabo? Vai cair. É obstáculo financeiro, doença, desprezo, falta de casa, falta de paz, tão falando mal de você, estão te caluniando… ? Tudo isso vai cair por terra. Levante a mão e diga: “Estou ungido. Vão ter que me aplaudir. Estou saindo do anonimato, estou debaixo de bênção”.
Quando Davi saiu para lutar contra o gigante, quase ninguém o conhecia. E os poucos que o conheciam o desprezavam, mas quando voltou, depois de ter matado o gigante (Sm 18), entrou no arraial e foi parabenizado, aplaudido… “Tá chegando o dia, tá chegando a hora, em que todo o anonimato vai sair da tua vida, você vai passar pela rua e vai ser aplaudido. Tá chegando a hora que a humilhação e o desprezo que você sofreu irão acabar. Porque a unção do Senhor Jesus está caindo sobre tua vida hoje. Diga: ‘Deus eu recebo a unção que vem de Ti!’”
  • A segunda unção (2Sm.2:4)
A segunda unção faz todos te reconhecerem, mas também muitos a te perseguirem.
Quando Davi saiu do anonimato, ele começou a conhecer algo que só os campeões conhecem. Ele aprendeu a conviver com a perseguição. “Você quer ser abençoado? Aprenda a administrar a perseguição. E o mais difícil não é ser perseguido, mas é ter o poder para acabar com a perseguição, mas não querer reagir porque foi ungido por Deus e precisa esperar Nele. É precisar de amigos e encontrar a companhia dos piores. É dormir em um lugar e ter que acordar de madrugada para fugir. Davi passou por tudo isso, porque até receber a primeira unção Davi era mais um, mas com ela veio o reconhecimento e a perseguição.
A fama tem um preço alto. Enquanto ninguém te conhece você não incomoda, mas quando começa a ter poder… Davi teve que fugir. Em suas fugas há expressões de alguém que parecia desejar a morte, como ‘o meu pão eu como molhado pelas minhas lágrimas’. Muita gente que você ajudou, que te deve a própria vida (Saul devia a vida a Davi) vai te perseguir. No dia que Saul recobrou as forças ele queria matar Davi. . Só tem um lugar que você pode descansar nesse mundo: É à sombra do Onipotente”.
Existem algumas situações que causam perseguição. “Você quer ser feliz? Os infelizes vão te odiar. Para o lugar aonde muitos de vocês irão, já tem gente ocupando. Há muitas coisas que vocês estão pedindo que está no poder de outros. Você está preparado para aguentar o que os outros vão fazer para não perder? Davi foi perseguido durante 13 anos. Mas a Bíblia diz que no momento em que Davi foi ungido, o Espírito do Senhor se apoderou de dele. Uma coisa é ter o Espírito de Deus, outra coisa é o Espírito de Deus ter você. Você está no colo do Espírito de Deus. Descanse nos braços do Pai, meu amado.  O plano que fizerem contra você pode ser bom, mas vai falhar, porque você está nos braços de Deus! Não contavam que você estava guardado nos braços de dele . Ninguém vai te encontrar, Deus vai te guardar”.
. Quando Saul morre, Abner faz Isbosete, filho de Saul rei de Israel, mas. muitos viram que não adiantou ter ficado contra Davi. E agora ele tinha um grupo de valentes ao seu lado, que não media esforços para atender Davi. Os príncipes de Judá, que eram a família de Davi, pois Davi era descendente de Judá, precisavam mudar a estratégia. Qual era? Ir a Hebrom e junto ungir a Davi. Na primeira unção, vem o profeta. Na segunda, vêm os príncipes. Davi aceitou. Se é bênção, não importa de quem, aceite! Profecia boa nem precisa julgar, recebe. Ruim, pé atrás. Se você agüentar a perseguição, os que te perseguiram vão ter que vir. Vão ter que te encontrar, mas não é mais para te matar, é para te ungir. Teus inimigos vão ter que te ungir!”
  • A terceira unção (5:3)
A terceira unção trará a autoridade sem fronteira.
Davi era rei, mas tinha fronteira. Era rei apenas de Judá. “Se saísse de Judá não era ninguém… Em Judá era autoridade, mas fora não. Mas Deus disse que daria uma terceira unção e reuniu as tribos de Israel para um concílio a fim de ungir Davi. Imagine uma reunião de governadores para escolher um para mandar. Os príncipes de Israel se reúnem para colocar Davi sobre eles! Reconhecem que Davi era diferente, que o Espírito de Deus estava sobre ele quando cantava e até quando era perseguido…”
Os príncipes chegam à Judá e se apresentam com presentes e ofertas, e dizem: “Davi, a partir de agora, não tem jeito, nós descobrimos que queremos que você seja nosso rei, que governe sobre nós! Ou seja, quando você for a qualquer uma das tribos, você é quem manda”.
Davi aceita, mas sob a condição de que seja ungido por cada um deles. Os príncipes chegam de todas as tribos, cada um com seu azeite e dizem: “Esta unção faz de você nosso líder, onde você colocar o seu pé você vai prosperar!
Assim  também será com você. Você vai prosperar! O mesmo Deus que ungiu Davi vai te ungir! Receba essa unção em nome de Jesus

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

TADEL

Três Aspectos do Verdadeiro Discipulado de Jesus
Muitas pessoas acham que ser crente é a mesma coisa que ser discípulo de Jesus. Provavelmente, essas pessoas não percebem que há alguns aspectos que diferenciam um crente de um discípulo. Em linhas gerais, um crente é aquele que crê em Jesus como seu salvador e tem garantida a salvação. Já um discípulo de Jesus, entende que o reconhecer e confessar Jesus como seu salvador e senhor é o começo de uma nova vida. Uma vida cujo propósito principal é seguir o Mestre para ser como ele é. Tomando o texto acima por base, gostaria de falar sobre três aspectos que diferenciam um discípulo de Jesus Cristo:
1. É uma decisão voluntária e pessoal – “se alguém quiser” (23) – O relato é que Jesus lançava um desafio a todos os seus ouvintes. Creio que as pessoas que estavam ouvindo, criam em Jesus, mas ainda não haviam tomado a decisão de segui-lo. Portanto, entendo que não é automático. Precisamos tomar uma decisão, se vamos ou não seguir Jesus todos os dias da nossa vida para sermos como ele.
2. Implica na entrega dos direitos – “negue-se” (23) – O fato de nos tornarmos cristãos não significa que perdemos nossos direitos. Jesus deixa claro que para ser seu discípulo, é necessário entregá-los a ele. É necessário negar-se. Negar-se significa entregar-se, de tal modo que o propósito principal da vida é satisfazer a vontade do outro. Ou seja, os alvos, sonhos, ambição, desejos, alegria, tudo, pertence ao outro.
3. Significa entrar num processo de transformação de vida – “tome diariamente a sua cruz e siga-me” (23)– Jesus diz para tomar a cruz diariamente. O que ele estava querendo dizer é que o discipulado é um processo onde todos os dias somos levarmos a morrer para nós mesmos e para o pecado. Jesus nos chama para mudança interior, para a morte do “eu”. O alvo é poder dizer como Paulo, “não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20).
Eu creio que o chamado de Jesus aqui seja para os crentes. Crentes que não estão satisfeitos apenas em ser crentes, mas que querem ir além. É preciso tomar a decisão de aceitar seu convite para segui-lo. Esse convite implica em entrega total, ampla e irrestrita a ele. Aceitar esse convite é entrar num processo de mudança contínua que leva a ser cada dia mais parecido com ele. Então, você que está “ouvindo”, aceita o convite dele?

domingo, 11 de dezembro de 2016

CEIA DO SENHOR

Texto: I Co 11.17-30


Introdução:
          A Ceia do Senhor é uma das experiências mais ricas vividas pelo cristão. Ela é uma expressão concreta do amor de Deus e da experiência de pertencer e ser parte de uma comunidade. 
          A Santa ceia é um convite a amizade, comunhão e intimidade com Cristo.
Estas características não estavam acontecendo na Igreja de Corinto, pelo contrário, estava acontecendo muitas divisões.
          Com base nisso podemos analisar neste texto, três características centrais da Ceio do Senhor.


1.      Memorial;
           “Anunciais a morte do Senhor…” O que significa a morte de Cristo? 
           1) Remissão de pecados (Mt 26.28); 
               2) Vitória sobre a morte e o pecado (I Co 15.55-57);
                    3) envio do Espírito Santo (Não deixarei vocês órfãos); João 14:15-18
                          4) Preparação da nossa morada com Deus (Vou preparar-vos lugar). João 14:2


2.      Profético;
          A função do profeta era denunciar o pecado.
          A mensagem da Ceia nos revela o nosso pecado e que não podemos participar da mesa “indignamente”. Não podemos nos aproximar da Mesa da Comunhão sem antes se arrepender dos pecados.
Se tomarmos da Santa Ceia em pecado seremos culpados “do corpo e sangue de Cristo”. Tomaremos para si juízo, condenação.
          Você poderá dizer: – então é melhor não tomar a Ceia para não chamar para si juízo, né?! A resposta é: NÃO! Porque se você deixar de tomar a Santa Ceia você estará negando o corpo e sangue de Cristo (Aliança, a salvação).
           Então, o que eu devo fazer? A partir disso temos a terceira característica da Santa Ceia…
3.      Evangelístico;
          Evangelístico = Evangelho = Boa Notícia (Graça)
          A Palavra diz: “Examina-se o homem…” Examinar: verificar, avaliar se está tudo bem ou não. 
          Ex:      Quando a gente vai ao médico fazer exames (para diagnosticar o problema e solucioná-lo com a terapia)…
          Depois do autoexame e da constatação do pecado devemos nos arrepender. (Pv 28.13-14) Não dá para brincar de ser crente ou brincar com Deus, pois de Deus não se zomba.
Conclusão:
          A Santa Ceia é um convite para o pecador morrer cada vez mais para o pecado e viver cada vez mais para Cristo.

         “Estou crucificado com Cristo, e já não vivo, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gálatas 2.20)

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

APRENDENDO SOBRE JEJUM


Compilei abaixo uma lista de nove razões bíblicas para jejuarmos.É bom lembrar que esta lista não tem necessariamente um paralelo com a lista de 12 benefícios do jejum listado em Isaías 58. Muitos destes pontos vão se encaixar em áreas de nossa vida com Cristo, além disto responderão à maioria das questões, sobre as quais, tenho sido procurado nas últimas duas décadas.
1. Jejuamos em obediência à Palavra de Deus.
A prática do jejum está intimamente relacionada com a Palavra de Deus. Se lermos as Escrituras com o devido cuidado, perceberemos que ela foi um instrumento de vitória para líderes no Antigo e no Novo Testamento. Desta maneira, se o registro bíblico é digno de nossa confiança e um princípio a ser seguido, então podemos afirmar que “os vencedores jejuam e os derrotados não”.
“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Voltai para mim de todo o vosso coração, com jejum, com choro e com pranto.” (J12: 12)
“Antes, como ministros de Deus, recomendamo-nos em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, no saber, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido.” (2 Cr 6:4-6)
“Respondeu-lhes Jesus: Podem estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles? Dias, porém, virão em que o noivo lhes será tirado, e nesse dia jejuarão.” (Mt 9:15)
2. Nós jejuamos para nos humilharmos diante do Senhor e obtermos a Sua graça e poder.
Como precisamos da graça de Deus! Você está consciente de que precisa da provisão e do poder de Deus para executar a obra que o Senhor colocou em seu coração? Ora, todos somos carentes de Sua contínua provisão para possuirmos uma vida vitoriosa em nosso dia a dia. Seria então penoso demais jejuar pelo menos uma vez por semana com o objetivo de manter os “canais” de sua vida limpos?
O nosso irmão Tiago deixou bem claro este ponto. Se você quiser poder e graça da parte de Deus você precisa se humilhar:
“Humilhai-vos perante o Senhor e ele vos exaltará”.(Tg 4:10)
O Espírito Santo é chamado de Espírito da graça. Se você almeja este glorioso Espírito da graça operante em sua vida, o caminho é simples, humilhe-se “debaixo de Sua poderosa mão”.
3. Nós jejuamos para obtermos vitória sobre tentações e ataques que nos impedem de estarmos nos movendo no poder de Deus.
Se a unção do alto não está fluindo através de sua vida, isso é um bom indicativo que você precisa introduzir em sua vida o jejum e a oração. Chegado está o momento de limpar o “canal” para o mover livre do Espírito de Deus através de você. Mais uma vez voltemos para Aquele que tem o padrão de estatura de varão perfeito, o grande Autor de nossa fé, Jesus. De acordo com o Evangelho de Lucas capítulo 4, o Senhor saiu do deserto, da tentação no “Poder do Espírito Santo”. Se você deseja o mesmo, siga-Lhe os passos, faça o que Ele fez. O evangelho nos relata que Jesus não comeu nada por 40 dias sendo, por todo este tempo tentado pelo diabo; todavia, o ponto alto do ataque de satanás foi no momento em que o Senhor se encontrou faminto.
4. Jejuamos para nos purificarmos do pecado (e nos tornarmos aptos para ajudar outros no caminho da consagração).
De acordo com as Escrituras Sagradas, Jesus Cristo tirou todo o pecado do mundo na cruz do Calvário. Sim, isto é, sem dúvida, uma realidade gloriosa. Contudo muitos de nós ainda vivemos “embaraçados” por pecados e parece que por mais que nos esforcemos e os evitemos, eles continuam nos assediando e trazendo frustrações. Esta tem sido a realidade da sua vida?
Na verdade, nosso Deus, sendo conhecedor de nossa natureza providenciou de antemão provisão para sermos, não somente vencedores sobre o pecado em nossas vidas, mas também aptos para nos posicionarmos na brecha da intercessão por outros. Se existe algum mal hábito ou pecado “crônico” em sua vida que ainda insiste em mantê-lo longe daquilo que o Senhor tem preparado para você, saiba que é hora de humilhar a sua alma no jejum e na oração, e o Senhor o purificará completamente. Uma vez purificado e andando no poder do Espírito, esteja de prontidão para o momento e que o Senhor o levantará em intercessão para a vida de outros. Um outro modelo desta prática, além de Jesus Cristo, foi o profeta Daniel:
“Eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e rogos, com jejum, e saco e cinza e orei ao Senhor meu Deus, e confessei, e disse: Ah! Senhor! Deus grande e tremendo, que guardas o concerto e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; Pecamos, e cometemos iniqüidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos.” (Dn 9:3-5)
Podemos, sem dúvida, usar este modelo de oração para nossa congregação, por nossas crianças e até mesmo por nossa cidade e nação. Daniel está confessando que eles, a nação inteira havia saído dos caminhos do Senhor e, o motivo de estarem vivendo em tamanha derrota, foram os pecados e as transgressões cometidas pelo seu povo. Ora, Daniel foi um dos homens mais justos de sua geração! Ele foi aquele homem, que com ousadia e fé, tapou a boca dos leões e humildemente confessou: “Senhor, nós pecamos”.
Por muitas vezes, tenho compartilhado este princípio com pastores que protestam dizendo: “Você não entende! Estamos bem. Estamos hoje em um novo contexto, estamos vivendo na dispensação da graça”. Eu os ouço e simplesmente digo: “Vocês é que não entendem, estamos bem, vivemos na dispensação da graça, mas nossas cidades, o nosso país, as nossas nações estão vivendo de migalhas!” Precisamos tomar sobre nossos ombros este encargo e orar assim: ‘Deus, temos pecado, temos nos tornado preguiçosos. Perdoa e restaura-nos.’ Como crentes e intercessores, temos como exemplo o Grande intercessor. Somos, portanto, chamados e expectados a tomar sobre nós o encargo da vida daqueles que estão se perdendo. Isto é tão somente uma inevitável parte do compromisso que temos ao “tomar sobre nós a nossa cruz a cada dia.”
No decorrer da história existem registros de cidades ou nações inteiras que buscaram o arrependimento e jejuaram para purificação de pecado. Isto aconteceu nos dias de Jonas. Os ninivitas eram maus e violentos e estavam prestes a serem julgados e aniquilados por Deus; porém, eles encontraram o caminho do jejum (até os jumentos, camelos e cabritos foram colocados para jejuarem):
Os ninivitas creram em Deus. Proclamaram jejum, e todos eles, do maior ao menor, vestiram-se de pano de saco.
Quando as notícias chegaram ao rei de Nínive, ele se levantou do trono, tirou o manto real, vestiu-se de pano de saco e sentou-se sobre cinza. Então fez uma proclamação em Nínive: “Por decreto do rei e de seus nobres: Não é permitido a nenhum homem ou animal, bois ou ovelhas provar coisa alguma; não comam nem bebam! Cubram-se de pano de saco, homens e animais. E todos clamem a Deus com todas as suas forças. Deixem os maus caminhos e a violência.
Talvez Deus se arrependa e abandone a sua ira, e não sejamos destruídos”. Deus viu o que eles fizeram e como abandonaram os seus maus caminhos. Então Deus se arrependeu e não os destruiu como tinha ameaçado.
(Jn 3:5-10)
O jejum tem a capacidade de trazer à tona de nosso ser toda a podridão do pecado e sujeira de maus hábitos que, diariamente, borbulham na superfície de nosso viver. Você rapidamente observará, especialmente em longos períodos de jejum, que se você tiver um mau temperamento encubado que só Deus (e a sua esposa) sabem, isto começará a emergir à superfície e você não terá problema em se expor (pois agora você está maleável). Por vez, isto lhe parecerá profundamente doloroso, mas seja paciente, não se desencoraje. O Senhor o limpará completamente.

5. Nós jejuamos para nos quebrantarmos diante do Senhor e, ao mesmo tempo, nos fortalecermos Nele.

O jejum é a arma providenciada por Deus contra a carne. Quando você jejua, você então faz uma escolha interior e demonstra externamente que você almeja o poder de Deus em seu viver diário. Muitos anos atrás, quando iniciava meu ministério, recebi um chamado de um casal, o qual amava muito e por quem orava constantemente. Naquele instante eu tinha pouquíssimo dinheiro disponível, mas meu coração foi profundamente tocado quando um deles me disse: “Irmão Mahesh, estamos passando por grande necessidade”. Eles estavam terminando a faculdade e estavam sendo obrigados a abandoná-la por falta de recurso financeiro, até mesmo, para necessidade básicas. Eles me disseram: “Mahesh, tudo que queremos é que você esteja em oração em nosso favor”.
Eu, porém, os amava muito e estava naquele instante prestes a dizer-lhes que enviaria todo o dinheiro de minha conta bancária. Eu ainda estava na Universidade e precisava muito daquele dinheiro que, com muitos esforços, havia economizado. Assim que aqueles irmãos compartilharam-me aquela necessidade, eu disse para mim mesmo: “Eu vou lhes dar todo o dinheiro que tenho guardado para matrícula no próximo semestre”. Era a minha carne falando. Ora, não existe mal algum ofertar àqueles que estão em necessidade; todavia, aquele não era o momento para tal procedimento. O pedido dos irmãos era tão somente por oração. Eles buscavam o mover do Senhor e eu, simplesmente, queria dar-lhes algum dinheiro. De repente, Deus parecia falar comigo ao meu ouvido: “Mahesh, você vai ajudá-los ou vai deixar Eu agir?” Então eu disse: “O Senhor é Soberano.” – E orei por eles. No dia seguinte os dois foram contemplados com bolsa de estudo integral. E o milagre da provisão não parou aí! Nos dois anos que se seguiram, Deus continuou a cuidar de suas necessidades de maneira sobrenatural! Em contraste a tamanha benção, “o desejo da carne” ou “o braço mortal de Mahesh” poderia ajudar os meus amigos talvez por três dias no máximo. Graças a Deus! Ele tem o melhor caminho.
Considere o que Senhor diz em Sua Palavra:
“De jejuar estão enfraquecidos os meus joelhos, e a minha carne emagrece. E ainda lhes sirvo de opróbrio; quando me contemplam, movem as cabeças. Ajuda-me, Senhor Deus meu: salva-me segundo a tua misericórdia. Para que saibam que nisto está a tua mão, e que tu, Senhor, o fizeste. Amaldiçoem eles, mas abençoa tu: levantem-se, mas fiquem confundidos; e alegre-se o teu servo.” (Sl 109: 24-28)
“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte.” (2 Co 12: 9,10)
6. Nós jejuamos para obter da parte do Senhor o suporte necessário para executar a Sua obra.
Os líderes da igreja em Antioquia jejuaram e oraram antes de enviarem Barnabé e Saulo. Aqueles líderes fizeram a escolha certa, pois buscavam o pleno sucesso na jornada que seria empreendida por aqueles apóstolos. Barnabé e Saulo sempre seguiram os mesmos passos executados por eles em Antioquia. Todas as vezes que estabeleciam uma igreja em uma cidade, eles oravam e jejuavam antes de apontarem os presbíteros daquela cidade. A prática do jejum e oração foi um instrumento por excelência para conduzi-los nesta difícil escolha e assim, assegurar o sucesso da pregação do Evangelho e o crescimento da igreja na cidade. (Veja Atos 13:3,4; 14:23).
7. Nós jejuamos em tempo de crise.
O homem sempre recorreu a Deus em oração e jejum em tempos de crise. O livro de Ester registra o que, provavelmente, foi o tempo mais crítico da história do povo judeu. Embora o brutal massacre imposto aos judeus por Hitler exterminasse cerca de seis milhões de judeus na Segunda Guerra, milhares de judeus ainda viviam em outros países no mundo. No tempo de Ester, entretanto, os judeus ainda não tinham sido dispersos e Hamã estava, literalmente, na eminência de ter sucesso em seu objetivo macabro de destruir toda a raça judia. O rei medo-persa já tinha assinado o atestado de óbito daquela nação, quando Ester trouxe uma palavra aos judeus. Ela lhes pedia para estarem em um propósito de jejum antes dela arriscar a sua vida ao entrar na presença do rei e pedir misericórdia para o seu povo.
“Então disse Ester que tomasse a dizer a Mardoqueu”: Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ter com o rei ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço.” (Et 4:15,16)
Em tempos de crise, o ideal é procurarmos estar em jejum, nos abstendo de toda e qualquer comida e bebida. Contudo, eu jamais te recomendaria fazer isto por mais de três dias, a menos que, você esteja gozando literalmente da glória de Deus e possua uma palavra específica Dele para tal. Ester pediu a seu povo que estivesse jejuando por três dias e, no final deste período, Deus transformou toda aquela situação caótica em que se encontrava o Seu povo, trazendo poderosa libertação.
Novamente, no Segundo Livro das Crônicas 20, Judá estava para ser destruída pelos seus inimigos quando, o rei Josafá, ordenou ao seu povo um jejum. Como resultado, eles foram testemunhas de um dos mais dramáticos atos de libertação sobrenatural registrados na Bíblia.
8. Nós jejuamos quando buscamos a direção de Deus.
“Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus para lhe pedirmos caminho direito para nós, e para nossos filhos e para toda a nossa fazenda. Porque me envergonhei de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto tínhamos falado ao rei, dizendo: a mão do nosso Deus é sobre todos os que, o buscam para o bem, mas a sua força e a sua ira sobre todos os que o deixam.” (Ed 8:21-23)
Quando você precisa da direção de Deus ou se encontra confuso acerca de qual caminho tomar, a melhor coisa que você pode fazer é jejuar. Especialmente em se tratando da área de relação interpessoal, em particular, irmãos que estão na fase de escolha sobre com quem se casar.
O Senhor ensinou-me este princípio antes de me casar e eu jejuava por minha esposa antes mesmo de conhecê-la. Eu tinha a plena certeza que o Senhor não tinha me chamado para o celibato e, certamente Ele sabia quem era ela e onde estava. Assim, armado com este pensamento perseverava em meu jejum. Posteriormente Bonnie e eu comparamos as nossas anotações e descobrimos que no momento mais crítico de sua vida, após seus pais se divorciarem, ela entrou em profunda crise. E exatamente durante aquele período, sem ter a mínima noção do que acontecia, senti o desejo de orar por ela, ministrando-lhe suporte e libertação.
9. Nós jejuamos para crescermos no entendimento espiritual e revelação divina.
Como cristãos, precisamos muito mais do que direção. Precisamos também de revelação e entendimento de certas questões, situações e verdades bíblicas. A palavra nos diz:
“Portanto, entra tu, e lê do rolo que escreveste da minha boca as palavras do Senhor aos ouvidos do povo, na casa do Senhor, no dia de jejum. Também as lerás aos ouvidos de todo o Judá, que vem de suas cidades”.(Jer 36:6)

Às vezes a revelação da parte do Senhor não vem, necessariamente, no momento em que jejuamos, mas posteriormente. Isto aconteceu comigo, quando o Senhor revelou-me os maravilhosos princípios de cura durante uma cruzada no Haiti. Deus operou tremendos milagres naqueles encontros. Contudo, os sacerdotes locais de Vodu e feiticeiros ficaram muito perturbados com a nossas concentrações. Eles convocaram, através do rádio, todos os feiticeiros e bruxos para uma reunião com o objetivo de lançar sobre nós uma maldição! Eu disse: “Oh! Isto é maravilhoso! Vamos ver o que eles podem fazer, pois eu tenho certeza que a glória do Senhor está ao nosso redor e, absolutamente, nada pode nos tocar”.